Ana Lúcia Oliveira: Cuidar da cidade é cuidar das pessoas
"Neste dia 22 de dezembro de 2016, em que se comemora, pelo segundo ano, o Dia do Fiscal, enfrentamos um momento adverso para os servidores públicos que somos e para toda a classe trabalhadora, com a redução de seus direitos em nome de uma crise cujos sacrifícios devem recair, até agora, apenas sobre os ombros dos que vivem da sua força de trabalho”.
Por *Ana Lúcia Oliveira
Publicado 22/12/2016 12:50 | Editado 04/03/2020 16:24

A missão da fiscalização municipal é para além da limitação do que pode e não pode ser feito pelo cidadão e pela cidadã urbana. É contribuir decisivamente, por meio de inúmeras ações inerentes às suas atribuições, para uma cidade com elevado grau civilizatório, que harmoniza o necessário desenvolvimento da urbe com a preservação dos espaços públicos e dos recursos naturais, atuando nas obras públicas e privadas: poluição sonora, visual e ambiental, adequadas condições sanitárias e de funcionamento das atividades em geral; resíduos sólidos e defesa do consumidor. E, dentro dessa premissa, tem o papel do Estado e o papel da população numa via de mão dupla.
O fiscal é o amigo da cidade e das pessoas!
Neste dia 22 de dezembro de 2016, em que se comemora, pelo segundo ano, o Dia do Fiscal, enfrentamos um momento adverso para os servidores públicos que somos e para toda a classe trabalhadora, com a redução de seus direitos em nome de uma crise cujos sacrifícios devem recair, até agora, apenas sobre os ombros dos que vivem da sua força de trabalho. A PEC 55, do “Teto dos Gastos”, aprovada recentemente, se constitui num obstáculo concreto para a melhoria das condições de trabalho que ainda são muito precárias, bem como a melhoria da remuneração específica e geral como a reposição da inflação para 2017. A proposta de Reforma da Previdência não é razoável, pois acaba, na prática, com a integralidade e paridade da aposentadoria, dentre outros prejuízos! E ainda, a famigerada Reforma Trabalhista, que precariza irremediavelmente as relações de trabalho.
A categoria, juntamente com outros setores, é chamada a fortalecer seu nível de organização e mobilização para fazer valer os seus direitos, conquistar as justas melhorias nas condições de trabalho e dizer não a todo e qualquer retrocesso da sociedade. Viva a fiscalização municipal de Fortaleza!
*Ana Lúcia Oliveira é engenheira e presidente da Associação dos Fiscais do Município de Fortaleza (AFIM)
Opiniões aqui expressas não refletem necessariamente as opiniões do site.