China repele Trump e pede moderação sobre questão nuclear da RPDC

Após as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que Pequim estaria agindo com passividade diante do programa nuclear da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), o governo chinês ressaltou, nesta terça-feira (3), que "todas as partes devem evitar palavras e ações que levem a uma escalada de tensões", como afirmou o porta-voz de Relações Exteriores da China, Geng Shuang.

Donald Trump - Prensa Latina

"Todo o mundo viu nossos esforços, foram reconhecidos pela comunidade internacional e, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, tomamos parte ativa na questão coreana", afirmou Shuang.

Na noite desta segunda-feira (2), Trump publicou dois comentários relativos à República Popular da Coreia, nos quais assegurou que Pyongyang não poderá desenvolver o míssil intercontinental com o qual Kim Jong-un ameaçou os Estados Unidos em seu discurso de Ano Novo e criticou a China por sua atitude relativa a seu tradicional aliado e vizinho.

"A China vem tomando enormes quantidades de dinheiro e riqueza dos EUA em um comércio totalmente unilateral, mas não ajudará com a República Popular Democrática da Coreia. Que lindo!", reprovou Trump, ao aludir também ao déficit comercial da economia norte-americana com a chinesa, o que também provocou reações do porta-voz do país asiático.

"A cooperação econômica entre China e EUA é mutuamente benéfica e, se surgirem problemas nela, estes devem ser tratados apropriadamente, através de diálogo e consultas", rebateu Geng.

Pyongyang

A RPDC lançou, em seis ocasiões, mísseis balísticos intercontinentais. De acordo com o país, tais mísseis são para pôr em órbita satélites de observação.

No entanto, os testes norte-coreanos se emolduram em sua meta de conseguir projéteis precisos e com alcance distante e armas nucleares suficientemente pequenas para equipá-las sobre os mesmos.