Desigualdade social aumenta durante governo de Maurício Macri
O Instituto de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) revelou nesta semana que a desigualdade social aumentou no país em 2016, primeiro ano do governo do presidente neoliberal Maurício Macri. De acordo com o estudo divulgado pelo instituto, os 10% da população mais rica receberam no terceiro trimestre do ano passado ingressos médios 25,6 vezes mais altos que os 10% mais pobres. Um trimestre antes, essa diferença era de 23 vezes.
Publicado 10/01/2017 16:35

Em números, significa que os argentinos da base da pirâmide viveram com 1.370 pesos (em média 275 reais) por mês, contra 34.998 pesos (em torno de 7.000 reais) do estrato mais alto. A última estatística também revelou que a metade dos argentinos ganha menos de 8.000 pesos (1610 reais) por mês, ou seja, vive com pouco mais de 50 reais por dia.
O número está acima dos 325 dólares (1.038 reais) necessários para cobrir a Cesta Básica Alimentar (CBA), que determina a linha da indigência, mas bem abaixo dos 745 dólares (2.380 reais) necessários para cobrir a Cesta Básica Total (alimentos e serviços) de uma família média.
No final de setembro, Macri admitiu que 32% da população eram pobres, um número que transformou em algo difícil de cumprir sua promessa de campanha de "pobreza zero". O PIB caiu 3,8% no terceiro trimestre, a atividade industrial desabou 4,1% e a inflação foi de 40%.
Sem argumentos mais consistentes, a justificativa de Macri diante da economia em declínio é de que foi preciso primeiro salvar o país da “herança” dos kirchnerismo e garante que agora, em 2017, a história será diferente.