Guatemala tenta diminuir violência contra as mulheres

O Governo da Guatemala destaca hoje entre seus avanços certos progressos quanto à atenção às mulheres vítimas de violência e à diminuição da quantidade de assassinadas por razões ligadas ao seu sexo.

Estupro - Reprodução

Mas, com vistas a propiciar um avanço maior nessa ordem, a administração de Jimmy Morales prevê fortalecer em decorrência deste segundo ano de mandato os Centros de Atenção Integral para Mulheres Sobreviventes de Violência (Caimus) e a Unidade de Prevenção Comunitária da Violência.

A fixação de uma partida orçamentária superior para estas instituições permitirá dar uma atenção mais adequada às mulheres que chegam a estes centros procurando ajuda, de acordo com o vice-ministro de Prevenção ao Crime e à Violência do Ministério de Governo (Mingob), Axel Romero.

'É importante salvar vidas e os Caimus são fundamentais para realizá-lo, por isso é necessário fortalecê-los e contrapor a violência contra as mulheres', declarou.

A Secretaria Presidencial da Mulher, o Organismo Judicial, a Procuradoria Geral da Nação e outras instituições que zelam pelos direitos das mulheres neste país contribuirão para a execução da estratégia em favor desse setor, que representa mais da metade da população na Guatemala.

Relatórios do Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif) apontam que de janeiro a dezembro de 2016 diminuíram em 3,5 pontos percentuais as mortes violentas de mulheres na Guatemala, em relação a igual período de 2015.

Segundo a entidade estatal, no encerramento do ano anterior somaram 739 as mulheres assassinadas, isto é, 27 menos que em 2015, quando as vítimas desses crimes chegaram a 766.

Os agressores recorreram no geral ao uso de armas de fogo, armas brancas e asfixia por suspensão, sufocamento, afogamento e compressão torácica abdominal, para exterminá-las, e em vários casos concluíram seu crime com mutilação corporal ou desmembramento.

Na Guatemala, a violência contra as mulheres está estreitamente associada à permanência da lógica patriarcal, à discriminação e ao racismo; mas também à incidência do crime organizado e de numerosas estruturas criminosas que fazem do país um dos mais violentos do mundo.

Só durante 2016, os atos criminosos ou violentos deixaram cerca de 5.459 mil pessoas sem vida e ainda que isto tenha representado uma diminuição de 259 casos em relação com os 5.718 mil registrados em 2015, não deixa de ser alarmante a situação nesse sentido, reconheceram os especialistas.