Avós da Praça de Maio acusam Macri de tentar “esquecer a ditadura”

A presidenta da associação argentina pelos direitos humanos Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto, acusou o governo argentino de participar de uma “campanha muito feroz e maligna de certos setores que querem o esquecimento” da ditadura militar argentina (1976-1983).

Estela Carlotto - Divulgação

“Estão duvidando do número [de desaparecidos], da identidade de nossos netos. É uma campanha que quer o esquecimento e a impunidade. Sem dúvida este governo está envolvido”, expressou a ativista.

Desde que Macri assumiu a presidência, o governo vem colocando em cheque as afirmações das Avós sobre os números de vítimas causados pela ditadura. Segundo elas, passam de 30 mil desaparecidos políticos. O governo contesta.

Porém, as Avós se dedicam à luta pela verdade e justiça há mais de 40 anos. Além de trabalhar pela defesa da memória coletiva, buscam seus netos, muitos sequestrados quando crianças porque os pais eram militantes contra o regime, que foram entregues a outras famílias ou assassinados.