Ex-agente da CIA é descoberta em Portugal e poderá ser extraditada

Sabrina de Sousa foi um dos 26 agentes americanos condenados na Itália pelo sequestro de um imã egípcio em Milão, em uma operação coordenada pelo então presidente George Bush em 2003. Hoje com 61 anos, a ex-agente foi descoberta em Portugal na e será enviada à Justiça italiana.

Tribunal de Justiça de Portugal

A decisão foi proferida após a mulher perder a última apelação do caso. Ela, que pode enfrentar uma condenação de quatro anos pelo crime, foi integrante de um programa secreto da CIA que sequestrava suspeitos de terrorismo e os levava a outros países para serem interrogados.

A maioria dos seus colegas deixou a Europa em 2009, quando o caso ainda não tinha sido julgado. Em resposta, a procuradoria italiana emitiu mandatos de prisão válidos em todos os 28 países da União Europeia.

Com dupla cidadania portuguesa e americana, a ex-agente foi a única a permanecer no continente e foi detida em outubro de 2015 no aeroporto de Lisboa.

De acordo com a defesa de Sabrina, ela deve ser enviada de Porto para a Itália nos próximos dias. Nenhuma autoridade americana se manifestou sobre o veredito até o momento.

Sabrina de Sousa, de 60 anos, nascida em Goa, na Índia, com dupla nacionalidade (norte-americana e portuguesa), foi condenada à revelia, em Itália, a cinco anos de prisão por envolvimento no rapto do egípcio e radical islâmico Abu Omar, ocorrido em 2003, em Milão.