Assessora nega ter provas de suposta vigilância contra Trump

A assessora da Casa Branca Kellyanne Conway negou nesta segunda-feira (13) haver alguma evidência para apoiar as acusações de suposta vigilância contra o presidente norte-americano, Donald Trump, depois de uma entrevista que parecia sugerir o contrário.

Kellyanne Conway

Faz pouco mais de uma semana o chefe de Estado escreveu na rede social Twitter que acabava de se inteirar de que seu antecessor, Barack Obama (2009-2017), vigiou os telefones da Torre Trump, em Nova York, antes das eleições de novembro do ano passado.

O governante republicano chegou a comparar o fato com o escândalo Watergate que tirou Richard Nixon da presidência em 1974, mas suas afirmações geraram inúmeras críticas pelo fato de não terem sido apresentadas provas que as sustentassem.

Kellyanne manifestou ontem em entrevista com um jornal de Nova Jersey que o governo tem muitas opções disponíveis para conduzir a vigilância contra os cidadãos, para além das escutas telefônicas.

Vários meios de imprensa viram essa declaração como uma sugestão de que Trump foi espionado de diversas maneiras, sobretudo quando a assessora manifestou que as pessoas deveriam pensar para além das intervenções telefônicas em termos de monitoramento de indivíduos.

No entanto, nesta segunda-feira Kellyanne rechaçou que esses comentários fossem uma insinuação de que a Torre Trump tivesse sido vigiada por diferentes vias.

Ao mesmo tempo, reforçou que não tem provas sobre as afirmações do mandatário, 'mas é por isso que há uma investigação no Congresso', acrescentou.

De fato, o Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes marcou esta segunda-feira como prazo para que o governo apresente a evidência sobre as acusações de Trump, que foram negadas pelo porta-voz de Obama, Kevin Lewis.