Fora Temer: Manifestantes ocupam ruas de Fortaleza por Diretas Já

As ruas do país inteiro voltaram a ser ocupadas por milhares de pessoas indignadas com as últimas denúncias que comprometem o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB), após delações dos proprietários da JBS, a maior produtora de carne do mundo. Em Fortaleza, a manifestação foi na Praça da Bandeira e reuniu cerca de 10 mil pessoas. A manifestação percorreu as ruas da capital em direção ao bairro Benfica, um dos mais tradicionais da cidade.

Fora Temer: Manifestantes ocupam ruas de Fortaleza por Diretas Já

A palavra de ordem “Fora Temer” foi bradada com a convicção de sempre, mas agora com ainda mais indignação. O pedido por Diretas Já voltou a reunir mulheres, estudantes, jovens, sindicalistas, parlamentares, trabalhadores de várias categorias profissionais e sociedade civil organizada. Organizada pelas Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular através das redes sociais, em menos de 24 horas, como reação às denúncias de envolvimento do presidente ilegítimo Michel Temer na compra do silêncio de ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), o ato foi uma preparação para outro que já está agendado para o próximo domingo (21) e deverá reunir ainda mais pessoas. A concentração será a partir das 16h, no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza

Os diálogos eram unânimes: o escândalo que abalou a República e o desejo de garantir que o futuro do país seja decidido pelo povo e não por um Congresso envolvido em denúncias e comprometido com a corrupção. “Basta! Estes políticos não têm legitimidade nenhuma para dirigir o país. Eleições Diretas Já”, defendeia a professora Luana Santos. “O problema não era a Dilma e o PT? Eles não eram os defensores do fim da corrupção? Com a deposição de Dilma, tudo não ia melhorar? O que vemos é tudo o contrário”, avaliou o estudante Caio Sampaio.

Entenda o caso

Os atos desta quinta-feira foram uma reação de todo o país após a divulgação, pelo jornal O Globo, feita na última quarta-feira (17) onde os irmãos Joesley e Wesley Batista, os donos da JBS, teriam gravado uma conversa na qual o presidente Michel Temer dá aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. O senador Aécio Neves também teria sido foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a um dos empresários.