Para Leci Brandão, cotas na Unicamp é vitória do povo!

A Deputada Leci Brandão comemora a decisão da Unicamp em ter adotado o regime de cotas para aumentar o número de alunos negros e indígenas da graduação. A deputada afirma ser esta uma decisão histórica e parabeniza os movimentos sociais, alunos, professores e funcionários da universidade que lutaram por esta conquista.

lecicotas

Veja o vídeo (em https://goo.gl/AkQ6YS) e o discurso.

Senhoras deputadas, senhores deputados
Funcionários desta Casa,
Público que nos assiste pela TV Alesp

Nesta terça-feira, 30 de maio, a Unicamp, Universidade de Campinas, uma das maiores do nosso estado e do país adotou cotas para aumentar o número de alunos negros e indígenas na graduação. O sistema será adotado para ingresso de alunos a partir de 2019. Foi uma decisão histórica e que ocorre após muita luta dos movimentos sociais e de parte dos alunos, professores e funcionários da própria universidade.

Desde que começou a ser implementada, em 2003, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), muitos se colocaram e ainda se colocam contra as cotas, dizendo que elas não combinam com o conceito de mérito e que seriam inconstitucionais. Essa polêmica chegou ao Supremo Tribunal Federal, que, em 2012, julgou que o sistema de cotas nas universidades públicas não contraria a Constituição, ao contrário, os mecanismos de compensação têm por objetivo a promoção de uma sociedade "justa, livre, fraterna e solidária", ou seja, tudo o que é previsto na Constituição Federal.

As cotas são uma forma de se fazer cumprir o princípio da igualdade preconizado pela nossa Constituição. Espero que as Universidades públicas paulistas sigam o mesmo exemplo
Eu não possuo formação acadêmica. Minha formação vem daquilo que minha mãe me ensinou e do que aprendi na vida, mas, ouso dizer que as Universidades seriam muito mais vivas e formariam profissionais com mais riqueza de conhecimentos e qualificados se ficassem mais próximas da população. Ou seja, descentralizar e popularizar devem ser os objetivos do ensino superior no Brasil. A questão é que não se pode popularizar sem incluir os negros, os índios, os trabalhadores e os mais pobres.

Portanto, quero terminar citando o grande revolucionário Ernesto Guevara ao falar sobre a Universidade: “que se pinte de negro, que se pinte de mulato. Não só entre os alunos, mas também entre professores. Que se pinte de operário e camponês, que se pinte de povo, porque a Universidade não é patrimônio de ninguém e pertence ao povo”.

Que todas as Universidades deste país
sigam esse caminho e se pintem de povo!