Greve Geral: Federação de SP confirma apoio dos metalúrgicos ao dia 30

Os metalúrgicos do Estado de São Paulo, ligados à Força Sindical, apoiam a nova paralisação nacional, indicada pelas Centrais Sindicais para 30 de junho. A categoria, que reúne cerca de 600 mil em todo o Estado, teve forte atuação na greve geral em 28 de abril e nas demais ações unitárias do sindicalismo contra as reformas neoliberais de Temer.

Mobilização ato do dia 15 de março contra reforma da previdencia - Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

A confirmação do apoio à greve foi feita por Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, em entrevista à Rádio Web Agência Sindical, na manhã desta quarta (7).

Confira o principais trechos da entrevista de Magrão:
 
Mobilização

“Creio que o movimento sindical não pode ficar parado, enquanto o Congresso estiver se movimentando, como aconteceu ontem (6) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que aprovou a reforma trabalhista. A votação, porém, foi muito apertada. Pode ser a indicação de que o projeto de lei pode ter dificuldades em outras comissões e na votação no plenário do Senado. E aí é o ponto onde o movimento sindical pode atuar, colocar suas propostas e tentar mudar algumas questões ainda nas comissões”.
 
Greve geral

“A força do movimento sindical são as ruas. Precisamos mostrar para o governo que não são essas reformas que queremos para a nação. Nós, metalúrgicos, faremos nossa parte. Sempre fomos vanguarda. Mas tem outras categorias representativas dentro do movimento sindical. Se cada uma fizer sua parte eu acredito que vamos desenvolver uma ação positiva no dia 30”.
 
Congresso

O 8ª Congresso Nacional da Força Sindical acontece em Praia Grande, de 12 a 14 de junho. Magrão adiantou que a Central vai debater a crise política: “Não podemos fugir da conjuntura política que o País atravessa. É a mudança dessa conjuntura que vai fazer o Brasil crescer, evoluir. O delator da JBS, que fez um monte de falcatruas, está em Miami desfrutando de seu jato, de seu iate, tudo do bom e do melhor. Se fosse um trabalhador que pegasse um pão, uma lata de sardinha no supermercado, estaria na penitenciária”.