Petrobras anuncia nova política e aumenta preço do botijão de gás

  Nesta semana, a diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de preços para a venda de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em botijões para uso residencial às distribuidoras. O primeiro reajuste está previsto para esta quinta-feira (8) e preço terá um aumento médio de 6,7% nas refinarias.

gás de cozinha - Arquivo/Agência Brasil

Durante coletiva de imprensa, o diretor Jorge Celestino afirmou que haverá um aumento na margem do preço da estatal e uma redução no valor de distribuição e revenda, sendo que, até agora, a Petrobras respondia por cerca de 25% do valor final, com 20% de impostos e o restante composto pela distribuição e revenda.

“A nossa previsão é que ele passe a ser 26% preço Petrobras, mantendo 20% de impostos e uma pequena queda na margem de distribuição e revenda, com um aumento no preço do botijão de 2,2%”, disse Celestino.

Pedro Parente, presidente da estatal, negou que a nova política tenha sido adotada com o objetivo da possível venda de refinarias. “A partir do momento que você tem agora uma previsibilidade completa de formação de preços para todos os combustíveis, sem dúvida nenhuma contribui para uma clareza maior para os possíveis investidores e parceiros na área de refino”.

Ele também disse que a nova estratégia não vai representar necessariamente um aumento sucessivo nos preços do botijão, citando a política de preços da gasolina e do diesel.

Em novembro, a estatal mudou os contratos de fornecimento de gás de cozinha, reduzindo alguns dos subsídios para as distribuidoras. A Petrobras disse que tomou tal medida para "melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia". os reajustes deverão ocorrer todo dia 5 de cada mês, e, segundo a estatal, a nova política de preços não valerá para o gás de uso comercial e industrial. Caso o reajuste seja repassado integralmente para o consumidor, a estimativa é que o preço do gás de cozinha fique 2,2% (ou R$ 2,15) mais caro por botijão.

Agora, o preço para as distribuidoras será calculada com base na média mensal dos preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela cotação média diária do dólar, além de uma margem de 5%.