Carol Sales é eleita presidente estadual da UNEGRO-CE

Carol considera um desafio liderar a unida e combativa entidade, principalmente neste cenário de tantas ameaças e perdas aos direitos no Brasil e no mundo. “No mês em que o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana Caribenha, fui eleita presidenta estadual da UNEGRO-CE. É com muita satisfação e compromisso que assumo o desafio, consciente do trabalho árduo que será encabeçar este projeto numa conjuntura política e econômica em que estamos vivendo, de golpe por cima de golpe”, avalia.

Para a jovem estudante, o desafio torna-se ainda maior para a população negra, “que é mais afetada com o desemprego, com as tomadas reacionárias, conservadoras e racistas desse governo ilegítimo, que não tem compromisso com a maioria do povo brasileiro em especial com a população negra. Não iremos dar trégua, pois os golpistas reacionários não dão trégua. Vamos intensificar a nossa luta contra o racismo, por Fora Temer e por Diretas Já”, ratifica.

Na pauta que deverá ser defendida pela UNEGRO no Ceará, além das questões sociais gerais que assolam o país, a principal de combater o racismo e honrar a luta dos que antecederam a atual geração. “Somos a força que vem da raiz, estamos na resistência continuando a luta de Zumbi, Dandara, Luisa Mahin, Tia Simoa, Aqualtune Palmares,Tereza de Benguela, Carolina de Jesus, Helenira Rezende, João Cândido, Dragão do Mar, Martin Luther King Jr, Nelson Mandela e tantos outros que não abaixaram a cabeça e fizeram resistência. Assim continuamos a luta contra o sistema, sem abaixar a cabeça e sem recuar”.

Ângela Guimarães, presidenta nacional da UNEGRO, enalteceu os debates realizados em Fortaleza e a eleição de Carol Sales para presidir a entidade no Ceará. “O IV Congresso da UNEGRO no Estado foi marcado por debates e reflexões, deliberações e encaminhamentos no sentido de fortalecer a luta contra o racismo, o sexismo, as desigualdades de gênero e a exploração do capitalismo. É a população negra, em especial as mulheres negras, que mais serão atingidas por essas medidas de retiradas de direitos deste golpe avassalador que atravessa o país. Ampliar a resistência nas ruas e no trabalho de base para despertar a maioria do povo a se rebelar contra o racismo e o golpe, e se somar na luta por Diretas Já e nenhum direito a menos”, reforça.