Morre Patrício Echegaray, dirigente comunista argentino

O anúncio da morte do dirigente do Partido Comunista da Argentina foi feito nesta quarta-feira (9), em nota assinada por Victor Kot, secretário geral, e Jorge Kreynes, secretário de Relações Internacionais.

Patrício Echegaray - Divulgação

O secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, imediatamente enviou uma mensagem de solidariedade os comunistas irmãos: “Lamento profundamente a perda do camarada e amigo Patricio Echegaray, presidente e ex-secretário geral do Partido Comunista da Argentina. Um dirigente provado da luta revolucionária do povo irmão da Argentina e do povo latino-americano. Um dos expoentes do Movimento Comunista e da luta anti-imperialista na América Latina. Minhas sentidas condolências a todos os camaradas do PCA e aos seus familiares. Patrício, presente!”

Leia o comunicado do PCA:

O Partido Comunista da Argentina informa com profunda dor o falecimento de seu Presidente, Patrício Echegaray, sucedido no dia 9 de agosto, aos 70 anos de idade, depois de uma enfermidade contra a qual lutou com firmeza até o último momento.

Echegaray exerceu a Secretaria Geral do Partido Comunista desde 1987, sendo seu presidente durante o último ano. No ano 2000, foi eleito legislador da Cidade de Buenos Aires.
Nascido em Jáchal, San Juan, em 1946, abraçou a militância comunista desde tenra idade, sendo estudante secundário. Echegaray militou durante toda a sua vida no comunismo. Foi dirigente estudantil na Universidade Nacional de San Juan, e dirigente da CGT dos Argentinos em sua província natal. Em 1980 foi eleito Secretário Geral da Federação Juvenil Comunista e em 1989, designado Secretário Geral do Partido Comunista.

Impulsionador do histórico 16º Congresso que determinou a viragem revolucionária do PC, Echegaray se envolveu ativamente nos processos revolucionários e de integração da América Latina, como a Revolução Sandinista na Nicarágua e El Salvador, a luta das FARC-EP na Colômbia, a Revolução Bolivariana na Venezuela e a solidariedade com a Revolução Cubana durante o período especial e depois, onde forjou uma sólida amizade e colaboração política com Fidel Castro. Foi animador do Foro de São Paulo e protagonista do enterro político da ALCA em 2005.

Seus restos serão velados a partir da manhã desta sexta-feira (11) na sede do Comitê Central do Partido Comunista, na Rua Entre Rios 1033/39, a partir das 11 horas.