Augusta Brito e enfermeiros criticam proibições do CFM

Enfermeiros de todo o Estado lotaram o auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (11), no ato de repúdio à liminar do Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringe/proíbe os direitos a requisição de exames durante os atendimentos pelos enfermeiros.

Augusta Brito e enfermeiros criticam proibições do CFM

A deputada estadual Augusta Brito (PCdoB), atendendo solicitação da categoria, requereu a audiência e classificou a liminar judicial como uma “injustiça”. Para a parlamentar, além das consequências para os profissionais da enfermagem, o resultado negativo vai ser sentido pela população.

“Várias prefeituras tiveram que seguir esse entendimento, porque foi uma decisão monocrática, e isso já impediu que muitos enfermeiros desempenhassem as atividades cotidianas que vem sendo realizadas há vários anos. Então precisamos analisar bem e ver que quem mais perde com essa decisão é a população", comentou.

Augusta ressaltou ainda a importância de a categoria estar unida neste momento em que o retrocesso se faz presente: "Eu fico emocionada de ver minha categoria unida em prol dessa luta. Estamos aqui hoje lutando pelo direito da população", relatou a parlamentar, enfermeira de formação. Segundo ela, diversos procedimentos têm sido cancelados, como exames ginecológicos ou até tratamento de tuberculose. "Ou seja, a população está perdendo”, criticou.

Segundo os dados do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE), mais de 65 mil profissionais estão regulamentados em todo o Estado. No Brasil, o número ultrapassa os dois milhões – o que coloca a classe como a segunda maior categoria regulamentada no país.

O presidente da entidade, Osvaldo Albuquerque, criticou a decisão e a motivação do Conselho Federal de Medicina. Segundo ele, hoje o atendimento desempenhado pelo profissional da enfermagem, no âmbito da saúde básica, pode estar comprometido, uma vez que os principais procedimentos são realizados pelos próprios enfermeiros.

A reunião contou ainda com a presença dos deputados Mirian Sobreira e Yuri Guerra; do membro da Câmara Técnica de Atenção à Saúde do Conselho Federal de Enfermagem, Ricardo Siqueira; presidente da Associação Brasileira de Enfermagem – seção Ceará, Ana Valeska Siebra; além de mais de 600 enfermeiros, estudantes de enfermagem e representantes de conselhos e associações da categoria de todo o Estado.

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Ao final do encontro ficou definido que a categoria deve cumprir uma agenda de luta e resistência contra a liminar do CFM. O próximo evento será no dia 16/10, dia de mobilização nacional, a categoria se reunirá na Praça da Bandeira, em Fortaleza, a partir das 14 horas.

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