Manifestantes pedem que Justiça libere nova candidatura de Evo Morales

Líderes sociais, camponeses e comerciantes se concentraram na praça 14 de setembro para celebrar os anos de mandato de Evo e pedir que o Tribunal Constitucional do país acabe com o limite de reeleições.

O representante da Central de Trabalhadores Departamental, Agustin Vargas, defende a reeleição de Evo para evitar o retorno da direita ao poder. “A direita jamais deve voltar ao governo porque agora com a condução de Evo Morales chegamos para ficar”.

“Temos que unificar todos os departamentos da Bolívia. Nosso chamado é que tenhamos que lutar e organizar que em 2020 o presidente seja novamente candidato a presidência de nosso país”, afirmou o secretário da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Campesinos da Bolívia, Jacinto Herrera.

Já a dirigente do movimento de mulheres de Cochabamba, Margarita Terán, afirma que a população deve defender a continuidade do governo de Evo e García Linera devido aos grandes avanços sociais que o país obteve durante essa gestão.

Em um referendo realizado no fim de fevereiro, o governo propôs uma emenda à Constituição boliviana para permitir a segunda reeleição presidencial no país. A campanha entre o "sim" à emenda, promovida pelo governo, e o "não", promovida pela oposição com amplo apoio da imprensa, foi acirrada, assim como o resultado final: o "não" venceu com 51,3% dos votos contra 48,7% para o "sim".

A regra que limita as reeleições foi feita enquanto Morales já ocupava seu primeiro mandato e, como a lei não pode retroagir, a contagem do número máximo de reeleições começou a partir da eleição seguinte, que deu direito ao presidente de exercer seu segundo mandato. Reeleito para um terceiro, ele pede à Justiça que derrube o limite para que possa se candidatar novamente.