Centro Cultural Belchior recebe exposição de Chico da Silva

As obras do artista Chico da Silva estão expostas no Centro Cultural Belchior, na sala "Pequeno Perfil de um Cidadão Comum". A mostra é realizada pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), com curadoria de Gilberto Brito, José Gurgel e Luciano Montezuma.

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A exposição “Chico da Silva – Um Índio Brasileiro Reinventa a Pintura”, cujo título remete a artigo de mesmo nome publicado na revista francesa Cahiers D’Art, pelo artista Jean-Pierre Chabloz, responsável por descobrir a obra de Chico da Silva na década de 40, permanecerá em cartaz até 29 de novembro deste ano.

A exposição é composta por obras de inquestionável autoria de Chico da Silva, produzidas nas décadas de 40 a 70, além de outras cinco dos pintores Claudionor, Babá, Ivan de Assis, Chica da Silva e Garcia (Escola Chico da Silva), e uma outra obra produzida pela chamada Escola do Pirambu.

Palestra

Na próxima sexta-feira (03/11), às 19h, será realizada uma palestra sobre Chico da Silva no auditório “À Palo Seco”, no Centro Cultural Belchior. O evento conta ainda com a exibição de filme em 35mm de autoria do cineasta e prof. pós-doutor da Universidade de Brasília (UNB) Pedro Jorge de Castro, e do filme "Homens Trabalhando", produção do prof. e dr Hélio Rola e direção do cineasta Marcos Vale. Ambos os autores falarão sobre suas produções.

O pintor

Filho de uma cearense com um peruano, nascido no Alto Tejo, no Acre, Francisco Domingo da Silva, Chico da Silva, veio para Fortaleza aos 10 anos. Com giz, tijolos brancos, pedaços de carvão, folhas maceradas e cacos de telha ele pintava – nos muros do Pirambu e bairros circunvizinhos – dragões, peixes, cobras e outros elementos da fauna amazônica criados por sua imaginação.

Em sua casa e ateliê na década de 60, no Pirambu, juntaram-se à Chico da Silva adolescentes que se tornaram ajudantes do artista durante um período de 10 anos, dando início a chamada "Escola Chico da Silva”.

Ainda na década de 60, o pintor expôs em importantes galerias do Brasil e em salas e museus da Europa, dentre os quais o Etnográfico de Nauchatel e o de Lausanne, além do Salão Bauregard, em Genebra, e no Palácio da Foz, em Lisboa.

Em 1966, recebeu Prêmio Especial na XXXIII Bienal de Veneza (Menção Honrosa), que consagrou internacionalmente o artista e sua obra. Faleceu em 1985 e é considerado, hoje, um dos maiores pintores primitivistas e grande nome da Artes Plásticas do País.

Serviço

Exposição “Chico da Silva – Um índio Brasileiro Reinventa a Pintura”
Local: Centro Cultural Belchior (Rua dos Pacajus, 123, Praia de Iracema)
Horário de visitação: terças a sextas, de 10h as 21h, sábados e domingos de 15h as 21h.
Visitação até 29 de novembro
Gratuito