Publicado 10/11/2017 17:37 | Editado 04/03/2020 17:15
No Dia Nacional de Luta, nesta sexta-feira (10), milhares de trabalhadoras e trabalhadores protestaram contra a reforma trabalhista que entra em vigor neste sábado, na Praça da Sé, centro de São Paulo. Estiveram presentes militantes de oito centrais sindicais e diversos movimentos sociais.
“Estão impondo uma agenda ultraliberal no país que liquida com a CLT e rasga a Constituição”, afirma Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). “Estão promovendo um assalto deslavado ao país, entregando o pré-sal, as nossas maiores estatais e as riquezas nacionais”, complementa.
Cerca de 500 educadoras e educadores interromperam o 13º Congresso do Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância) e compareceram à Praça da Sé para exigir a revogação da reforma trabalhista e da terceirização ilimitada e o arquivamento da reforma da previdência.
“Deixamos o nosso Congresso porque é fundamental estarmos nas ruas com toda a classe trabalhadora para barrar tantos retrocessos”, diz Claudete Alves, presidenta do Sedin. Ela explica que “a educação está sofrendo um dos maiores ataques da história com cortes de verbas, desvalorização profissional e propostas de censura ao trabalho docente”.
Araújo destaca a unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais. “A chave da vitória está na unidade da classe trabalhadora para impedir que o capital continue tirando mais direitos de quem produz a riqueza do país”.
Por volta das 11h, as educadoras e educadores retornaram para o seu Congresso, mas o ato continuou na praça. Com grande participação da CTB foi iniciada uma marcha até a avenida Paulista e encerramento do protesto no histórico vão do Masp.