Eliana Gomes: "À espera da Casa da Mulher Brasileira de Fortaleza"

 
Desde setembro de 2016, a Casa da Mulher Brasileira em Fortaleza está com prédio pronto, porém sem funcionar.

O equipamento faz parte do Programa “Mulher Viver Sem Violência”, que prevê uma unidade em cada capital brasileira. Em um só lugar, a vítima de violência doméstica encontrará vários atendimentos, como acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e a Patrulha Maria da Penha.

A informação que circula é de que a burocracia institucional do Governo Federal travou a abertura da Casa. Embora com obras finalizadas e recursos garantidos, há problemas no processo de aquisição de equipamentos e profissionais.

Desde o início do ano, o meu mandato na Câmara Municipal de Fortaleza, assim como a Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres do Ceará, e a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, tem pressionado a Presidência, tanto por meio de requerimentos como também por meio de reuniões com o Executivo.

Quase um ano depois, as desculpas da equipe de Michel Temer não se sustentam. As nossas mulheres não podem mais esperar. Enquanto a estrutura não funciona, a rede de defesa das mulheres pede socorro. São mais de 50 boletins de ocorrência por dia e dezenas de milhares de medidas protetivas para serem acompanhadas.

Com a estrutura funcionando, os 10 mil procedimentos registrados em 2016 pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) poderiam pular para 30 mil por semestre.

A demanda é muito grande e não podemos deixar que nossas mulheres continuem sendo vitimadas, quando podemos diminuir o sofrimento delas com esse equipamento funcionando.

Portanto, neste mês em que evidenciamos a luta contra a violência, nada mais relevante que cobrar das autoridades nacionais respeito ao povo e às nossas mulheres. Não aceitaremos esta situação e cobramos: abertura da Casa da Mulher Brasileira de Fortaleza já.