Farc defende continuidade do cessar-fogo entre o governo e o ELN

O líder máximo da Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc), Rodrigo Londoño (Timochenko), pediu nesta segunda-feira (8) ao governo e à guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) que prorroguem o cessar-fogo bilateral.

Diálogos de paz com ELN - Radio Nuevo Mundo

“A busca da paz na Colômbia é a mais nobre das causas. Apelamos ao ELN e ao governo nacional pela continuação do cessar-fogo bilateral “, escreveu Timochenko em sua conta no Twitter.

“Avante! Vamos contribuir para o desejo de reconciliação nacional. O diálogo é a rota “, acrescentou o presidente e candidato à presidência pela Força Alternativa Revolucionária dos Comuns (Farc).

A direção da Farc também apoiou a decisão do ELN de não se levantar da mesa de diálogo, instalada na capital equatoriana, em qualquer situação.

“Esse desejo infalível da paz é o que trará as negociações para uma conclusão bem-sucedida”, declarou a Farc, a fim de incentivar o bom andamento das negociações.

Anteriormente, as Nações Unidas e a Igreja Católica também apelaram pela continuação do cessar-fogo bilateral, em vigor desde 1 de outubro e que expira à meia-noite de terça-feira, 9 de janeiro.

A Conferência Episcopal e a Missão de Verificação da ONU na Colômbia apelam às partes que preservem as conquistas obtidas na redução da violência, durante os meses do cessar-fogo, afirmou um comunicado conjunto.

O comunicado ressaltou também o alívio humanitário proporcionado pelo pacto para cessar as hostilidades, que considera ser de maior benefício para o processo de paz.

No entanto, a declaração reconheceu “as dificuldades do cessar-fogo temporário e a falta de consenso quanto à implementação de certos aspectos do Acordo de Quito”.

Nesse sentido, a ONU e o Episcopado colombiano apelam por um acordo mais sólido, que gere maior confiança entre as partes e a sociedade colombiana.