Publicado 18/01/2018 12:11 | Editado 04/03/2020 17:15
Diversos municípios celebram, em 15 de janeiro, o Dia do Cobrador – uma justa homenagem a esse servidor do transporte público. Só em São Paulo (SP), há 19 mil cobradores de ônibus em atividade. Mas, sob o governo de João Doria (PSDB), as ameaças à categoria não param de crescer.
Doria já anunciou sua intenção de eliminar a função de cobrador até o fim de sua gestão (2020). Na nova licitação do sistema, o prefeito tucano quer reduzir a frota dos 14.444 ônibus atuais para 13.603, o que pode provocar 4 mil demissões.
É de minha autoria a Lei 13.207/2001, que obriga os ônibus municipais a terem, “no mínimo, um funcionário, além do motorista, para fins de orientação e auxílio ao usuário, além da cobrança da passagem”. Gestores públicos e empresários têm ido à Justiça para tentar derrubar a medida e acabar com os cobradores. Mas, em nome da categoria e dos usuários, não desistiremos dessa luta!
Segundo a Pesquisa de Mobilidade Urbana 2017 (Ibope/Rede Nossa São Paulo), 75% dos paulistanos são contrários à retirada dos cobradores. Mais do que receber a passagem, esses profissionais cumprem uma função social: eles informam e orientam os usuários, ajudam no embarque e desembarque de idosos, cadeirantes e pessoas com deficiência, auxiliam os motoristas e aumentam a sensação de segurança.
Todo apoio aos cobradores de São Paulo! Não às agressões do governo Doria!
Alcides Amazonas, ex-vereador e ex-deputado estadual (PCdoB-SP), foi secretário geral do Sindicato dos Condutores de São Paulo_