Jornalistas sofrem atentado no México ao cobrir campanha indígena

Os jornalistas que acompanham a pré-campanha da candidata Marichuy à presidência do México foram atacados por um grupo de homens armados neste domingo (21). Marichuy é representante do Conselho Nacional Indígena e do Movimento Zapatista de Libertação Nacional.

Marichuy - EFE

O México é o país mais perigoso para se exercer a profissão de jornalista no mundo, atualmente. Neste final de semana, os jornalistas que acompanhavam a pré-candidata à presidência, Marichuy, sofreram um ataque durante a viagem.

O Congresso Nacional Indígena rechaçou o ataque contra os jornalistas e pediu investigação do caso. "Repudiamos todo tipo de amedrontamento e de violência contra nossos conselheiros ao redor do país, e em especial o atentado covarde contra a caravana que atualmente recorre nossos povoados”, disse o CNI.

O Congresso Indígena responsabiliza “energicamente” todos os níveis de governo de qualquer consequência que possa vir a ter este ataque, uma vez que o México vive uma grave crise humanitária sob a administração do presidente Enrique Peña Nieto.

“Exigimos esclarecimento dos fatos e garantias de segurança para nossos conselheiros em todo o país, para a caravana e para nossa porta-voz, Marichuy”, disse o Conselho em pronunciamento oficial nesta segunda-feira.

Marichuy é médica indígena e busca, com esta campanha, levar ao debate político nacional as questões dos povos indígenas. Ela ainda não tem a quantidade de assinaturas necessárias para registrar sua candidatura à presidência da República.