Frente de evangélicos defende fé e condena reformas neoliberais
“Estivemos nas ruas contra a reforma da Previdência, com nossas bandeiras, fé e coragem”, afirma Vitor Queiroz de Medeiros, articulador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito no Estado de São Paulo. Membro da Igreja Presbiteriana, ele foi o último entrevistado da série “Sindicalismo e Religião” no Repórter Sindical na Web, pela TV Agência Sindical. Confira ao final da matéria a entrevista completa.
Publicado 26/02/2018 18:12
Presente em 16 Estados brasileiros, a Frente é um movimento que reúne militantes desde 2016. “Fizemos campanha também contra o genocídio da juventude negra e um movimento de moradia nas ocupações. Enfim, somos um movimento popular que está na luta”, afirma Vitor, que é estudante do último ano de Ciências Sociais na USP.
“O diálogo está acontecendo ao nível da base. Temos muitos membros da Frente que são sindicalistas e militam em diversos Sindicatos. Fazemos reuniões nas sedes de vários Sindicatos, igrejas, universidades e casa de irmãos. Militamos também nas frentes de movimentos sociais que as Centrais Sindicais participam”, destaca.
Reforma afeta os mais pobres
“A fé evangélica chegou à base da pirâmide social. São pessoas pobres e que compõem a classe trabalhadora que estão no banco de nossas igrejas. Elas são afetadas por essas reformas, pelo desemprego e são oprimidas”, denuncia.
“Nosso grande desafio é ter capacidade discursiva para mobilizar essas pessoas. Porque sensibilizadas elas, com certeza, já estão”, recomenda o jovem.
Para ele, a bancada no Congresso é frouxa na questão dos direitos trabalhistas e tem ênfase à regulação da moralidade pública. “Com relação a temas como a justiça social, cidadania e expansão de direitos, eles são alinhados com o que seria o extra evangélico. Com a média do Congresso. Compõem o Centrão fisiológico, que é base do governo Temer. Não tem particularidade programática que justifique uma bancada evangélica”, critica.
Para conhecer sobre a Frente, acesse a página “Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito” no Facebook e acompanhe o trabalho desenvolvido em todo o País. Para aderir ao movimento, basta se cadastrar no formulário em destaque na página.