PCdoB e PT do Rio defendem unidade da esquerda nas eleições de 2018

A profunda crise política brasileira e a ofensiva da direita que desencadeou o golpe de 2016, trouxe uma série de desafios ao campo progressista e de esquerda que, para enfrentar a agenda de retrocessos e perdas de direitos, necessitava de uma ampla frente em defesa dos interesses do país.

Jandira Feghali e Washington Quaqua - Reprodução

Em resistência ao golpe, diversos setores da sociedade atuaram unidos numa frente de movimentos. Mas com a proximidade das eleições, os partidos deram um passo adiante nesse processo, com o lançamento do manifesto "Unidade para Reconstruir o Brasil", assinado pelas cinco fundações vinculadas ao PCdoB, PT, PDT, PSB e Psol. O documento serve de base programática para a realização de um amplo debate entre os partidos sobre um projeto de desenvolvimento do Brasil.

Nesta quarta-feira (21), o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, publicou matéria em que indica que a pauta "unidade" é de fato o desafio em jogo. O Rio enfrenta uma grave crise financeira e política, além da crise na segurança pública acentuada pela intervenção militar feita por Michel Temer.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), afirmou que o partido defende a unidade e enfatizou que os partidos precisam dialogar para encontrar a melhor saída.

"A bandeira do Freixo é a Segurança. Presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa. É a hora de unir forças. Ele é a candidatura mais viável", afirmou.

O presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, também endossa a tese da unidade. "O Freixo é o único na esquerda com densidade eleitoral e política para disputar com imensa chance de vitória", completa, reforçando que "o momento requer que deixemos de lado as vaidades partidárias".

Manuela

Em recente entrevista ao Brasil 247, a pré-candidata à Presidência da República pela PCdoB e deputada estadual gaúcha Manuela D'Àvila afirmou que o processo eleitoral é crucial para a construção de saídas para o país.

"O processo político brasileiro se organiza principalmente em torno das eleições. Eu creio que esse processo de denúncia, resistência e de construção também passa esse processo eleitoral. Barramos a reforma da Previdência é foi um processo importantíssimo para o povo mais pobre", enfatizou Manuela.

Ela reafirmou a necessidade de diálogo entre as candidaturas do campo de esquerda, principalmente para estabelecer um "projeto de futuro, com um projeto de país".

"Acho que os candidatos do nosso campo precisam compreender que nós temos o dever diante do nosso povo de estar juntos e baixar as armas. Não é o momento para trocar de farpas e buscar as adversidades", pontuou Manuela.

E acrescenta: "Precisamos reforçar vínculos e diálogos, porque temos a obrigação de estamos juntos no segundo turno. Nós tivemos experiência lamentáveis no Brasil em 2016. Eu sou a candidata mais jovens no sistema presidencial e digo: não é o momento de imaturidade diante de uma crise que destrói o Brasil e os direito do nosso povo".