Audiência pública debaterá ataques às trabalhadoras da saúde

Atendendo solicitação do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindsaúde), a deputada estadual Augusta Brito (PCdoB) realizará audiência pública nesta quarta-feira (28), no Complexo das Comissões da Assembleia Legislativa, para debater os ataques aos direitos das mulheres trabalhadoras da área da saúde no Ceará. O evento será realizado a partir das 14h30.

Augusta Brito

O Sindsaúde remeteu para o sindicato patronal, em novembro de 2017, as reivindicações dos trabalhadores do setor privado. Decorridos três meses, os patrões apresentaram uma contraproposta que, nem de longe, atende aos anseios da categoria.

Com relação ao reajuste do salário e pisos, os patrões propõem míseros 1,81% que sequer cobre a inflação medida pelo IPCA de 2017, que foi de 2,94%. Além disso, a proposta fica abaixo da inflação medida pelo INPC de 2017, calculada em 2,07%. O sindicato patronal rejeitou também a inclusão de pisos novos, como para a categoria de vigia. Eles propõem ainda congelar o valor do auxilio creche/babá e do auxílio funeral.

Quanto ao trabalho nos feriados, os patrões querem retirar o pagamento em dobro; sugerem que as homologações sejam feitas somente na empresa, o que aumenta a possibilidade de o empregado ser enganado, pois o sindicato possui um setor especializado, onde se faz a conferência dos direitos rescisórios e, quando não estão corretos, volta-se o termo de rescisão para correção. Entre as outras “tesouradas patronais”, eles também não querem mais garantir o pagamento dos salários até o 5º dia útil, preferindo tirar o tema da convenção.

Ataque inaceitável aos direitos das mulheres

Os patrões decidiram escolher as mulheres como principal alvo da retirada de direitos, sobretudos as grávidas. No segundo governo da ex-presidenta Dilma foram criados vários direitos, colocados na convenção de 2017, para proteger as mulheres, em especial as grávidas. Agora os donos de hospitais querem, a todo custo, retirar os mínimos direitos das mulheres. Tais como: redução da estabilidade das gestantes após licença maternidade; restrições para ausências no período de pré-natal; restrições para acompanhamento de filho ao médico e o fim do direito de companheiro acompanhar mulher em consultas de pré-natal.

Serviço

Audiência Pública – Os ataques aos direitos das mulheres trabalhadoras da saúde

Data: 28/03/2018 (quarta-feira)
Hora: 14h30
Local: Complexo das Comissões Técnicas