Publicado 02/04/2018 13:26
Sem o teleprompter para ler o discurso, Temer tentou improvisar e cometeu uma gafe logo no início da cerimônia de posse, ao saudar “o presidente do Supremo” dirigindo-se a Eunício Oliveira, presidente do Senado. O feriado de Páscoa foi marcado pelas ações do Supremo Tribunal Federal que decidiu prender aliados de Temer.
Temer tentou minimizar, mas só piorou. Disse que se confundiu porque tudo no país “começa no Legislativo”, por isso Eunício poderia ser o “presidente do Supremo”.
A posse é resultado da saída dos ministros que são candidatos à reeleição. Ricardo Barros e Mauricio Quintella, que deixaram Saúde e Transportes, respectivamente, vão se candidatar nas eleições de outubro.
Gilberto Occhi sai da presidência da Caixa Econômica Federal para cuidar da Saúde. Ele foi substituído por Nelson Antônio de Souza.
Valter Casimiro Silveira assume a pasta dos Transportes na vaga de Maurício Quintella (PR-AL), que volta à Câmara dos Deputados e planeja se candidatar ao Senado. Valter Casimiro era diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Já preparando o terreno para a saída do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, Temer aproveitou para tecer elogios. Segundo fontes, eles negociam quem será o cabeça de chapa na disputa pala Presidência da República. No entanto, a situação de Temer se agravou com as prisões de aliados na investigação sobre o decreto dos portos.
“Os problemas diante de nós exigem união e diálogo. Acima de todos nós está o país, as instituições. Por isso, eu preservo as instituições, a imprensa livre, prego a independência e a harmonia entre os poderes, porque todos nós passaremos e as instituições hão de ficar”, disse Temer.