Fortaleza: Mais de 20 mil pessoas ratificam apoio a Lula

Em Fortaleza, a manifestação reuniu as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, partidos políticos, parlamentares, representantes de diversas frentes dos movimentos sociais e sindicais, sociedade civil organizada, estudantes, pessoas ligadas às áreas da educação, saúde, jurídica, gerações de pessoas e várias matizes na luta contra o fascismo, por democracia e, acima de tudo, em solidariedade a Lula.

Pela manhã, universitários fecharam o cruzamento entre as avenidas da Universidade e 13 de Maio, coração do bairro. Há tarde, a concentração aconteceu na Praça da Gentilândia e saiu em caminhada, percorrendo as principais ruas da região. O apoio vinha dos manifestantes e da população que, com buzinaço, acenos, sorrisos e punhos em riste demonstravam estar alinhados aos anseios do país, de repúdio à prisão da maior liderança política do Brasil.

Resistência e luta

Para Germana Amaral, diretora de Mulheres do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFC e da União da Juventude Socialista do Ceará (UJS-CE), Lula tem o direito de se insubordinar por sua prisão ser política e de caráter seletivo. “Lutamos hoje por Democracia e presenciamos o aprofundamento do Golpe. Apesar disso, somos milhões de vozes e ninguém nos calará”, ratifica.

Para Teresinha Braga Monte, médica e membro da direção estadual do PCdoB-CE, este é um dia de resistência e luta. “Chegou o momento da verdade. Lula, vamos lutar, resistir e defender você e o país. Seremos sua voz onde quer que estejamos. Sempre estivemos e permaneceremos ao seu lado. Vamos à luta, porque ela está apenas começando”, conclamou.

Raquel Andrade, servidora pública e membro do comitê da sociedade civil “Retroceder Jamais”, ratificou a importância da unidade popular em mais um dia histórico. “Chegou a hora! Vamos levantar nossa bandeira e ter a consciência de que estamos do lado certo, justo e forte da História. Somos os de que defendem a Democracia e a Constituição. Caminhamos pela mesma causa: o direito de retomar nosso espaço. Somos mulheres, negros, gays; somos milhões e não minoria como insistem em nos classificar. Hoje defendemos muitas bandeiras mais pulsamos num só coração: O de Lula, ele que ousou desafiar a lógica e defender os que não têm direitos. Vamos transformar a angústia, o medo e a tristeza que temos hoje em resistência e luta”, conclamou.

Luciano Simplício, presidente da CTB, destacou a unidade das centrais sindicais, partidos de esquerda e movimentos sociais, “lutadores e lutadoras do povo que, mais uma vez, saíram às ruas para defender a Democracia” e criticou a tentativa de pressão de lideranças das Forças Armadas. “Não vamos aceitar injustiças com a classe trabalhadora com nossa principal liderança: Luis Inácio Lula da Silva. Lugar de general é no quartel. A rua é nossa”. Já para Wil Pereira, presidente da CUT-CE, “as entidades sindicais fecharam para se mobilizarem e estar presentes nesse ato. O movimento sindical do Estado do Ceará, urbanos e rurais e servidores públicos estão em defesa do homem que tanto fez pelo nosso país”.

Climério Anacé, da etnia indígena Anacé, de Caucaia, também reforçou o apoio ao ex-presidente. “Estamos mostrando o compromisso do povo indígena com a classe trabalhadora. Estão tentando prender o Lula para aprisionar a classe trabalhadora e a democracia do nosso país. Mas não aceitarmos calados", ratificou.

Mais

Além de Fortaleza, também aconteceram manifestações em cidades como Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Madalena, Redenção, Iguatu, Tamboril, Juazeiro do Norte e Sobral.