Petroleiros do Ceará aprovam indicativo de greve

A categoria cearense mostra clareza para barrar o maior desmonte da história da empresa, que avança agora sobre os empregos, além das refinarias, terminais, campos de produção marítimos e terrestres, Termoelétricas e dutos da Transpetro.

Petroleiros do Ceará aprovam indicativo de greve

O presidente do Sindipetro CE/PI, Jorge Oliveira, denuncia o feirão Petrobras promovido na gestão de Pedro Parente. “A incompetência desse entreguista só tem causado prejuízo à Petrobras, ele só sabe vender ativos e há 3 anos, desde que ele assumiu, a Petrobras só tem prejuízo”, disse.

A diretoria do Sindipetro CE/PI garante uma agenda de mobilização durante os dias de paralisação. Nessa greve os petroleiros cearenses não vão só cruzar os braços, mas pressionar políticos, distribuir informativos de alerta à sociedade, fazer passeatas e pautar a imprensa.

Assembleias prosseguem até o dia 14.

Motivos para Greve não faltam

Em menos de dois anos, os golpistas já entregaram mais de 30 ativos estratégicos da Petrobras, como campos do pré-sal, sondas de produção, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, distribuidoras de gás, petroquímicas, termoelétricas e usinas de biocombustíveis. Estão também em processo de venda 71 campos de produção terrestre, 33 campos de águas rasas e outros três de águas profundas, além das fábricas de fertilizantes, do setor de biocombustíveis (PBio) e da Transportadora Associada de Gás (TAG).

O parque de refino e a Transpetro são os novos alvos da gestão entreguista de Pedro Parente. No último dia 27, ele deu início à busca de “sócios” para assumirem o controle de 60% de quatro refinarias: duas no Nordeste – RLAM (BA) e Abreu e Lima (PE) – e outras duas na região Sul – Refap (RS) e Repar (PR). A venda será feita através de um pacote fechado, que inclui também seis terminais aquaviários, seis terminais terrestres e 46 dutos.

Não satisfeito, o governo golpista ainda teve o atrevimento de colocar no Conselho de Administração da Petrobras ex-executivos da Shell e de outras multinacionais que concorrem com a empresa. O Conselho de Administração é o principal órgão de gestão da estatal, onde são tomadas decisões estratégicas não só para a Petrobrás, como para o país e os consumidores brasileiros, como é o caso da política de preços de derivados, que tanto tem afetado a população.