Kalesca Gomes é eleita presidenta da União dos Estudantes do Crato

Vai avançar, vai avançar a unidade popular! Esta palavra de ordem que sintetiza o clima político que dominou o histórico 13º Congresso da União dos Estudantes do Crato (UEC), realizado no último sábado (05), que reuniu mais de 100 estudantes secundaristas no auditório do CEJA Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira.

Kalesca Gomes é eleita presidenta da União dos Estudantes do Crato

Compuseram a mesa de abertura: Bruna Garcia (UJS), Alex Nascimento (Comissão Eleitoral), Matheus Oliveira (presidente da ACES), Fernanda Menezes (representando a Crede 18), Francisca Jayne (Levante Popular da Juventude), Levi Costa (UJR) e Aurélio Matias (ex-presidente da UEC e atual diretor do Sindicato APEOC), a quem coube a palavra inicial dissertando acerca da história da entidade e do cenário sociopolítico em que se inserem as lutas da juventude contra o golpe e em defesa da democracia popular.

A UJS, com a Chapa OCUPA O PODER, mobilizou mais da metade do total de delegados. Entretanto, demonstrando maturidade política e entendo o momento de ampliar a luta em defesa do resgate e revitalização da UEC e o quadro nacional adverso às pautas da juventude, construiu a unidade das forças e garantiu uma diretoria plural e representativa, legítima e aguerrida, tendo à frente a estudante Kalesca Gomes, que foi vice-presidente da União dos Estudantes de Icó e diretora da ACES – Associação Cearense dos Estudantes Secundaristas, sendo atual vice-presidente do Grêmio Estudantil da EEM Estado da Bahia, em Crato, além de integrar a direção estadual da UJS Ceará.

Kalesca pontuou em seu discurso já como presidenta eleita, algumas das diretrizes que serão levadas ao debate na base: “1. Revitalizar a UEC como entidade representativa dos estudantes na defesa de seus direitos; 2. Desenvolver intensa política de fortalecimento de grêmios estudantis; 3. Atuar para que a juventude da cidade e do campo tenha acesso a políticas públicas voltadas para o atendimento de suas necessidades e aspirações; 4. Defender o desenvolvimento de tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo e da floresta, das comunidades indígenas, quilombolas e grupos sociais itinerantes (Item 5, Meta 2 do PME). 5. Incentivar empresas privadas, públicas e filantrópicas e as universidades a desenvolver programa de inserção de jovens na prestação de serviços e estágios remunerados; 6. Dinamizar, em parceria com o Poder Público e a iniciativa privada, a integração social dos jovens, através da sua participação em atividades esportivas, culturais e artísticas. 7. Combater a discriminação de jovens por motivos de orientação sexual, identidade de gênero e racismo; 8. Pela democratização e eficácia da gestão educacional, com destaque para a realização de eleições diretas para diretor das escolas públicas municipais”.

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A UEC foi fundada em 21 de maio de 1946, portanto, há 72 anos quase exatos, e representa a comunidade estudantil do ensino fundamental, médio, profissionalizante e pré-vestibular. “É um instrumento de luta que precisa ser resgatado do abandono e lançado no cotidiano da peleja em defesa da democracia e dos direitos sociais, em defesa da juventude e suas aspirações por um presente digno e um futuro de plena justiça social”, finalizou a presidenta Kalesca Gomes.