Nicolás Maduro toma posse em seu segundo mandato na Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez seu juramento frente à Assembleia Nacional Constituinte, nesta quinta-feira (24), depois de ter sido reeleito com 68% dos votos no último domingo (20).

Nicolás Maduro - Telesur

Em seu discurso, Maduro chamou mais uma vez a oposição ao diálogo e lamentou que a mesa para negociar a paz instalada em Santo Domingo não tenha sido finalizada por indisposição da direita que abriu mão das conversações às vésperas da assinatura de um acordo.

“Um grupo dos que haviam concordado com a data de 20 de maio [para as eleições presidenciais] sofreu pressão do ex-encarregado de negócios dos Estados Unidos, Todd Robinson, que agora está tomando um avião para voltar a seu país”, denunciou.

Isso porque, após uma onda de protestos violentos que tomou as ruas das principais cidades da Venezuela este ano, o governo convocou a oposição para o diálogo. Uma mesa entre as duas partes foi instalada em Santo Domingo, a fim de estabelecer acordos e firmar um pacto pela paz. Quando faltava poucos dias e a maior parte dos conflitos já haviam sido resolvidos, a oposição desistiu da negociação e o acordo nunca foi assinado.

Ainda assim, o governo cumpriu alguns dos pontos que foram debatidos, entre eles, convocar as eleições presidenciais para o dia 20 de maio. Porém, a mesma oposição que havia concordado com essa data, decidiu boicotar o processo.

Maduro disse, neste sentido, que esta oposição coloca seus interesses pessoais acima dos interesses coletivos para governar o país. “Mas ainda assim, hoje podemos dizer que tivemos eleições legais, justas, legítimas e por isso venho entregar minhas credenciais emanadas pela vontade popular”, afirmou o presidente aos parlamentares constituintes.

“Não estamos fazendo o suficiente, nem estamos fazendo tudo certo, falta uma grande ratificação profunda, falta fazer as coisas de um jeito novo e melhor”, reconheceu o mandatário, mas reafirmou seu compromisso com o bem estar do povo venezuelano.