Europa apoia abertamente a Ucrânia, que tem a extrema-direita no poder
Em uma demonstração de apoio à Ucrânia, a União Europeia renovou na segunda (18), as sanções contra a Rússia pelo que consideram a anexação da Criméia pelo país em 2014 e violação das leis internacionais
Publicado 19/06/2018 15:40
A Criméia realizou referendo em 16 de março de 2014 para perguntar à população se queria se juntar formalmente à Federação Russa. Com a aprovação da população, foi feita uma declaração unilateral de independência da Ucrânia pelo parlamento da Crimeia.
A Crimeia tem maioria da população de etnia russa e o russo é a língua dominante. A história da península data de 7 mil anos e começou a ser povoada por tribos russas ainda no século 4 e foi palco de longas disputas entre vários povos, romanos, hunos, tártaros. Em 1783, Catarina, a Grande, conquistou a Criméia e seu valioso porto de Sebastopol para a Rússia.
Após o fim da URSS e a criação da CEI (comunidade dos estados independentes) em 1991, a Ucrânia passou a ser um país independente e a Rússia reconheceu a Crimeia e Sebastopol como parte do território da Ucrânia (reforçado pelos tratados de fronteira de 1997 e 2003). No entanto, tudo indica que Putin nunca desistiu da reconquista da Crimeia e a final anexação desse território foi vista como uma conquista pelos russos.
O nazifascismo na Ucrânia
Em fevereiro de 2014, houve um golpe de Estado que derrubou o legítimo governo ucraniano e levou ao poder o multimilionário Petro Poroshenko e, com ele, forças abertamente nazifascistas. O golpe contou com o apoio político, midiático e financeiro da União Europeia e dos EUA, cujas engrenagens de propaganda blindam o governo pró-fascista de Poroshenko de qualquer crítica, devido ao alinhamento incondicional do presidente golpista ucraniano à OTAN e ao “Ocidente”, muito útil no combate à Rússia de Putin.
A Rússia, por sua vez, advertiu várias vezes sobre a campanha "anti-Rússia" feita pelo ocidente e em especial pela OTAN.