Mulheres do Rio de Janeiro realizam caminhada contra o fascismo
Com concentração na Candelária, o Fórum Estadual das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais do Rio de Janeiro participa da Caminhada das Flores, nesta sexta-feira (21), por mais mulheres na política.
Por Marcos Aurélio Ruy, do Portal CTB
Publicado 20/09/2018 20:00
“Nós mulheres trabalhadoras somos imprescindíveis nas lutas do nosso povo. Somos nós que alimentamos com vigor a chama das lutas políticas em nosso país”, diz Kátia Branco, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ.
Neste ano, as mulheres ocupam as ruas do Rio de Janeiro para reforçar a luta contra o avanço da onda fascista, representada nas eleições, por um candidato à Presidência da República. “Este movimento é um grito contra a violência e pela vida”, afirma Kátia. Por isso, “eleger nossas companheiras é fundamental para que o nosso grito por igualdade não seja silenciado. Por isso, ele não”.
Já a filósofa, Marcia Tiburi convida as cariocas a participar da caminhada para “juntas mostrar a força do movimento por mais mulheres na política” e derrotar o machismo que mata e corrói a sociedade brasileira.
A filósofa lembra também que a Caminhada das Flores presta homenagem “às companheiras que vieram antes de nós e tanto lutaram por nossos direitos”. Porque a luta por igualdade de direitos entres os gêneros tem história.
A Caminhada das Flores 2018 representa as ‘lutas por mais mulheres na política, pelo empoderamento feminino, pela saúde das mulheres, contra o racismo, o machismo, a misoginia, a desigualdade de gênero e a precarização do trabalho”, avalia a deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ).
As pessoas interessadas em participar podem confirmar presença pela página oficial do evento no Facebook. “A Caminhada das Flores reforça a proposta de combate à violência e à opressão. As mulheres sempre foram vanguarda na luta por direitos, mas precisamos avançar ainda e ocupar mais espaços de decisão e poder”, acentua Marlene Miranda, secretária de Mulheres da CUT-RJ.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) concorda com ela e reforça a necessidade de unidade para barrar os retrocessos. "As mulheres, como muitas vezes em nossa História, são protagonistas das lutas de nosso país”, diz.
“Hoje estamos enfrentando, juntas, a onda do fascismo que é propagada por um candidato presidencial”, afirma Jandira. E “juntas marcharemos nessa nova primavera, irradiando sororidade, união e luta contra esse retrocesso”.
Enquanto Marlene reforça a Caminhada das Flores como uma forma de demonstrar que "somos muitas, somos diversas, mas somos unidas e unidas somos muito mais fortes. Essa é a hora. Lugar de mulher também é na política”.
O palco histórico de resistência da Candelária vai ficar pequeno pelo tamanho da disposição de luta das mulheres contra o fascismo. Ana Rocha, secretária da Mulher do PCdoB-RJ, afirma que a caminhada é o momento no qual, “as mulheres sinalizam a abertura da primavera com suas propostas de esperança de novas conquistas”.
Acesse a plataforma eleitoral do Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais aqui.
E as eleições podem representar “uma virada democrática e com mais mulheres progressistas eleitas”. Para Kátia, a Caminhada das Flores defende a unidade do movimento feminista na resistência a todas as formas de opressão e discriminação.
Ela explica que será entregue às candidatas que estiverem na caminhada a plataforma eleitoral do Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais em defesa da igualdade de gênero e contra o fascismo.
“O machismo está matando cada vez mais no Brasil e termos mais mulheres na política é uma das formas de combater a violência, a discriminação e defender a igualdade de salários e oportunidades”, finaliza Kátia.