Maduro afirma que Venezuela está disposta a conversar com Trump
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursou na noite desta quarta-feira (26) na 73ª Assembleia Geral da ONU. Durante sua intervenção, pediu que o órgão faça uma investigação independente sobre a tentativa frustrada de atentado contra ele, ocorrida no começo de agosto, e se disse disposto a conversar com o mandatário norte-americano, Donald Trump.
Publicado 27/09/2018 10:49

“Quero pedir ao Sistema das Nações Unidas que nomeie um delegado especial, que conduza uma investigação independente, de caráter internacional do atentado que ocorreu em nosso país”, disse.
Maduro voltou a apontar pessoas na Colômbia e Estados Unidos como envolvidos no ataque. “Todas as investigações conduzem ao fato de que o atentado terrorista foi preparado, foi financiado desde o território dos Estados Unidos. Todas as investigações indicam que os autores materiais foram treinados em solo colombiano”, afirmou.
Trump
O presidente venezuelano disse, durante seu discurso, que está disposto a dialogar com Donald Trump, que havia ocupado a mesma tribuna no dia anterior.
“Ratifico desde esta tribuna, apesar das imensas diferenças que podem ser consideradas abismais, apesar das imensas diferenças históricas, sociais – sou um operário, um motorista de ônibus, não um magnata – o presidente da Venezuela estaria disposto a apertar as mãos do presidente dos Estados Unidos, a dialogar sobre os assuntos bilaterais”, disse.
“O presidente Trump disse que está preocupado e que está disposto a ajudar a Venezuela. Eu estou disposto a falar com agenda aberta sobre todos os temas que o governo dos Estados Unidos quiser falar, com humildade, com fraqueza”, afirmou.
Bloqueio econômico contra Venezuela e Cuba
Segundo Maduro, a Venezuela atravessa um momento de bloqueio financeiro advindo de Washington. “Nosso país é agredido e acossado pelo império dos Estados Unidos (…). Hoje a Venezuela é vítima de uma agressão permanente nos âmbitos econômico, político e diplomático por parte daqueles que governam nos Estados Unidos arvorando a doutrina Monroe.”
O venezuelano lembrou que Cuba passa por situação semelhante. “Erguemos nossas mãos para votar a resolução que sairá nos próximos dias para rechaçar o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba e exigimos seu imediato levantamento”, disse.