Publicado 03/10/2018 12:05
Por isso, o candidato não irá comparecer ao debate, o último antes do primeiro turno. Sob essa justificativa, Bolsonaro cumpre o que disse desde o início de campanha: que não iria aos debates. A fuga se transformou numa estratégia do ultraconservador para não se expor e ter que explicar suas declarações como a de que mulher deve ganhar menos que os homens ou que os trabalhadores deveriam escolher entre menos direitos e mais empregos.
Além disso, Bolsonaro teria que explicar também as afirmações feitas por seu vice, o general Hamilton Mourão, sobre a proposta de extinção do 13º salário e o adicional de férias, bem como a proposta de seu guru econômico sobre a volta do CPMF e o imposto de renda para os mais pobres.
Segundo o médico, Bolsonaro está até disposto a participar, mas ainda não está em condições de se submeter a situações de desgaste. Em entrevista ao UOL, o médico disse que o candidato acatou a recomendação e ficará em repouso, sem agenda de compromisso por sete a dez dias.
O presidenciável foi submetido a cirurgia ficando internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 7 de setembro, após sofrer um ataque a faca durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6.
Por conta disso, Bolsonaro ficou de fora das campanhas de rua durante o primeiro turno. A estratégia é quanto menos falar, melhor.