Bolsonaro sente derrota no primeiro turno e joga culpa nas urnas

Em declaração nas redes sociais para agradecer aos seus eleitores, Jair Bolsonaro voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas ao saber que não seria eleito no primeiro turno.

“Não podemos simplesmente nos recolher, vamos juntos ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] exigir soluções para isso o que aconteceu agora, se tivéssemos confiança no voto eletrônico já teríamos o nome do futuro presidente da República decidido no dia de hoje”, disse o candidato pelo PSL teve 46,21% e Fernando Haddad teve 28,97% dos votos e disputarão a vaga à presidência em 28 de outubro.

Lembrando que esta não é a primeira vez que Bolsonaro questiona as urnas eletrônicas, em uma transmissão ao vivo o candidato já havia sugerido que o PT, caso eleito, pudesse estar envolvido em uma "fraude" nas eleições. "O PT descobriu o caminho para o poder, o voto eletrônico", afirmou. Em entrevista recente, ele também declarou que não aceitaria um resultado que não fosse a vitória dele.

Ainda neste domingo (07), o seu filho Eduardo Bolsonaro orientou que eleitores filmassem eventuais problemas nas urnas, o que é proibido para manter sigilo.

"Prezados, em caso de problemas com a urna filmem, de preferência gravem lives e falem o estado zona e seção onde está ocorrendo o problema", escreveu Eduardo Bolsonaro.

Na primeira que Bolsonaro questionou a validade das urnas, o Toffoli, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2014 a 2016, disse que as urnas eletrônicas "são totalmente confiáveis” e "digo apenas e tão somente que ele [Bolsonaro] sempre foi eleito através da urna eletrônica".

Ainda neste sábado (06), a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral Rosa Weber reiterou: "Nosso sistema eletrônico de votação é ágil, seguro, confiável, e, sobretudo, auditável. Há condições de auditar, como já ocorreu, e foi constatado que não houve sequer um caso comprovado de fraude".