Movimentos populares pedem respeito à democracia

Representantes de movimentos populares defenderam que a cidadania seja exercida neste domingo (7), com civilidade e em respeito aos valores da democracia. 

movimentos - Júlia Dolce

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), alertou para o alto nível de violência praticado por simpatizantes do candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL).

“Nós estamos vivenciando uma das campanhas mais violentas da história do nosso país. Nem mesmo em 1989, na primeira eleição após a redemocratização, nós vimos barbaridades como essas que estamos presenciando nessas eleições”.

Já Patrick Mariano, advogado e integrante da Rede Nacional de Advogados Populares (Renap), disse que a indiferença das autoridades em relação aos casos de ilegalidade da campanha de Jair Bolsonaro contribuem para o aumento da tensão pré-eleitoral.

“Você vê que nesse momento, em uma eleição curta da forma que é, com a diminuição do horário eleitoral gratuito, uma rede de televisão nacional que dá uma hora a um candidato, depois reprisa a entrevista em horário nobre. É óbvio que, tanto a Record como a Band assumiram um papel de marketing para o Jair Bolsonaro. E o Tribunal Superior Eleitoral, mesmo provocado, nada fez. Em relação às fake news, o Luiz Fux, a cada duas palavras que ele falava era sobre fake news. E agora, com essa disseminação de mentiras pelo Whatsapp, o TSE não faz nada”, denunciou.

Jaime Amorim, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirma que a prática política no ambiente eleitoral da extrema direita não difere das posições já conhecidas do candidato Jair Bolsonaro em relação aos trabalhadores brasileiros.

“Eles propagam um ódio, uma intolerância contra as populações indígenas, quilombolas, camponesas. Agora estão tentando estabelecer um clima de insegurança, de dúvida, com o objetivo de que nós nos recolhêssemos. Mas nós vamos estar nas ruas, em defesa de um Brasil melhor”.