Recife comemora 482 anos com frevo, bolo e inauguração
Nesta terça-feira (12), o Recife completou 482 anos de fundação com direito a corte de bolo, apresentações de grupos musicais e a entrega pelo prefeito Geraldo Julio e o vice-prefeito Luciano Siqueira da Upinha Alto do Pascoal, a 13ª aberta para a população pela atual gestão. A programação de aniversário começou no último sábado (9), com o show Capital do Brega, e vai até o próximo domingo (17), com o espetáculo O Boi Voador.
Publicado 13/03/2019 11:52 | Editado 04/03/2020 16:55
Da inauguração da Upinha o prefeito, o vice-prefeito e diversos secretários municipais seguiram para o Compaz Governador Eduardo Campos localizado a poucos metros da nova unidade de saúde, que também comemora três anos de funcionamento.
Lá, uma grande festa com orquestra de frevo, passistas da Escola de Frevo do Recife, artistas circenses e apresentação especial da Família Salustiano recebeu os recifenses em busca do tradicional corte do bolo de aniversário. Com 400 kg, o bolo, a mais saborosa das tradições do aniversário do Recife, foi distribuído ao público em 3.500 fatias individuais. O "parabéns pra você" foi entoado por alunos das creches e escolas vizinhas.
O prefeito Geraldo Julio comentou a mudança na qualidade do atendimento que a nova unidade de saúde vai trazer para os moradores da área. "São 16 mil pessoas que serão atendidas aqui, nesta 13ª Upinha da cidade. Digo sempre que ela é a Unidade de Saúde da Família mais preparada do Brasil inteiro e é até referência para outras cidades que vem aqui copiar”, afirmou o prefeito. O equipamento atenderá moradores dos bairros do Alto Santa Terezinha, Linha do Tiro, Bomba do Hemetério e Água Fria. O investimento foi de R$ 1,3 milhão.
O vice-prefeito Luciano Siqueira destacou o fato de “apesar da crise, mais uma Upinha vai atender 16 mil pessoas”. (Assista o depoimento de Luciano no vídeo abaixo).
A unidade funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com quatro equipes de Saúde da Família e duas equipes de Saúde Bucal, além de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que conta com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, farmacêutico, entre outros.
Recife, de porto comercial a porto tecnológico
O Recife existe como porto antes mesmo de se tornar cidade. Desde o século XVI, quando Duarte Coelho tomou posse da capitania de Pernambuco, os arrecifes de arenito que protegem a bacia dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió tornaram-se o porto natural de escoadouro das riquezas aqui produzidas.
No início do século XVII, o porto do Recife era o mais movimentado da América de domínio Português e, por isso, lutava contra as frequentes tentativas de invasão por parte dos corsários franceses, ingleses e holandeses. Em 1630, os holandeses, desembarcando ao norte da cidade de Olinda, dominaram todo o litoral pernambucano e a cidade dos arrecifes, onde edificaram e fizeram prosperar, na entrada do porto, a sede dos seus domínios.
Sete anos mais tarde, o conde João Maurício de Nassau Siegen é designado governador geral com a missão de tornar mais rentável para a Companhia das Índias Ocidentais o já então vasto (do Maranhão a Sergipe) território holandês.
Acompanhado por artistas, arquitetos, engenheiros, poetas, médicos, cartógrafos, astrônomos e imigrantes judeus (que fugiam da repressão religiosa da Inquisição), Nassau construiu uma cidade planejada e imprimiu um ritmo de desenvolvimento nunca visto neste continente. Nessa fase a cidade ganhou palácios, horto zoo-botânico, canais e pontes.
Além disso, foi responsável pela construção do primeiro observatório astronômico das Américas e Hemisfério Sul, instalado em 1639 pelo pintor, cartógrafo, aquarelista, astrônomo, naturalista e desenhista, o alemão Georg Marcgrave, um contemporâneo de Albert Eckhout e de Franz Post que também integrou a expedição científica e militar de Nassau. O Observatório foi estruturado no território do atual bairro de Santo Antônio.
Em 1790, Dom João V elevou a cidade à categoria de vila e, no início do século XVIII, a nova classe já se fazia notar pelas ruas do antigo povoado: os mascates, pequenos comerciantes oriundos de Portugal e enriquecidos com os lucros cada vez maiores conseguidos na efervescente atividade mercantil que se criara em torno do porto. Forjava-se assim, e em definitivo, o perfil da cidade.
Desde os seus primórdios, a evolução da cidade que é no dizer do poeta Carlos Pena Filho, “metade roubada ao mar, metade à imaginação”, vem comprovando sua vocação: para porto e para negócios.
No início do século XXI, o Recife se prepara para sediar outro ancoradouro: o Porto Digital. De importância histórica, econômica e estratégica só comparável àquele encontrado pelos primeiros visitantes.
Um porto de novas águas, outros navios. Bits ao invés de cargas, antenas ao invés de velas. Levando a informação por meio de redes complexas e conexões vigorosas, estruturadas para aproximar empresas e viabilizar empreendimentos.
Assim é o Recife, história e modernidade juntas em uma cidade que é um porto seguro em um mar de ideias e de oportunidades. Uma terra que vem comprovando, ao longo do tempo, sua grande vocação para negócios.
Fonte: Publicação da Prefeitura da Cidade do Recife – Recife – Informations Pour De Futurs Investisseurs Dans La Ville. Informações Para Investimentos Na Cidade.
Com informações da Prefeitura do Recife.