Evo agradece aos eleitores pelo triunfo e denuncia tentativa de golpe

O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta quarta-feira (23) que está em andamento um golpe de estado contra ele, orquestrado pela oposição de direita, e endossou seu compromisso de defender a democracia no país sul-americano, garantindo que ele vencesse nas últimas eleições generais.

“Denuncio perante o povo boliviano e o mundo que está em andamento um golpe de Estado que foi preparado pela direita com o apoio do exterior “, disse Morales em discurso à mídia estrangeira e nacional.

“Peço às organizações internacionais que defendam a democracia”, disse o presidente que apareceu na quarta-feira diante da mídia, onde agradeceu aos eleitores por terem dado a vitória no primeiro turno.

Nesse sentido, Morales disse que sua vitória é inegável no primeiro turno, devido ao grande apoio que recebe do setor rural da Bolívia.

Ele disse que o Movimento ao Socialismo (MAS) ganhou com mais de meio milhão de votos, que ele descreveu como uma grande vitória.

“Ganhamos com mais de meio milhão de votos. É um grande triunfo”, disse o presidente, da Casa Grande del Pueblo (sede do Executivo), que acrescentou: “Garantimos crescimento econômico, paz social, justiça social, igualdade “.

Pedimos à direita boliviana que pare de provocar confrontos entre bolivianos. Não semeie ódio e desprezo pelos setores populares. Ignorar o voto dos setores populares é agir com racismo. Greves políticas afetam apenas cada departamento financeiramente.

O chefe de Estado também chamou a população para estar atenta e declarou “um estado de emergência” e enfatizou que “até agora temos aguentado e sofremos pacientemente para evitar a violência”.

“Não vamos procurar confronto, mas defenderemos a democracia”, disse Morales, que responsabiliza a oposição pelo exercício de atitudes racistas e discriminatórias.

“Quero dizer às pessoas que (estamos) em estado de emergência e mobilização pacífica e constitucional para defender a democracia”, acrescentou o presidente.

Morales disse que os questionamentos sobre os resultados das eleições têm um pano de fundo “racista” e denunciou que a greve geral convocada em diferentes regiões do país “é política e um golpe de estado”.

Fonte: Telesur