PC do Chile e aliados apresentam propostas para atender demanda social

A Unidade para a Mudança (Unidad para el Cambio), coalização que reúne o Partido Comunista do Chile, Partido Federação Regionalista Verde Social e o Partido Progressista do Chile, emitiu nesta terça-feira (22) uma “Declaração Pública da Unidade Para a Mudança com propostas mínimas comuns para uma saída razoável da crise”. Leia, abaixo, a íntegra da declaração, traduzida pela redação do i21/Portal Vermelho

Chile

Participamos ativamente do “Conselho da Unidade Social”, convocado pela Central Unitária dos Trabalhadores, Movimento no + AFP, Associação de Professores, CONFUSAM, ANEF, CONFECH, CONES, Feministas, entre outros; em que todos os partidos da oposição também participaram.

Reconhecemos que a mobilização social, que o país está passando, é legítima e reflete um sentimento diante de uma situação de profunda injustiça que não se resolve há décadas.

Concordamos, como Unidade para a Mudança, com um conjunto de propostas mínimas comuns para propor ao país uma saída razoável da crise, são elas:

1.- Salário mínimo sobre a linha da pobreza, agora!

2.- Jornada de 40 horas, agora!

3.- Gratuidade de passagens para estudantes, idosos e redução do preço geral, avançar para a nacionalização do transporte público, agora!

4.- Congelar preços de serviços básicos, agora!

5.- Subir pensões básicas, agora!

6.- Congelar projetos de reforma previdenciária e tributária, agora!

7.- Redução de altos salários de parlamentares e altas autoridades, agora!

8.- Lei de renda regional, agora!

O convite de La Moneda (sede do governo) para alguns partidos não faz sentido, mas a encaramos como uma manobra dilatória do governo e que dá as costas à cidadania e à expressão legítima e necessária dos movimentos sociais.

Nenhum dos partidos da Unidade para a Mudança foi formalmente convidado, somente hoje, pouco antes do meio dia, o presidente do Partido Comunista foi chamado pelo ministro Blumel para participar. Rejeitamos esse tipo de veto, invisibilidade e tentativa de desmantelar partidos políticos.

Nenhum de nós pode se arrogar a representação do movimento social e comparecer a um almoço nas alturas do Palácio. O Chile testemunha essas reuniões há décadas e sempre ganham os mesmos, fazem tudo mudar para que nada mude. Os poderosos grupos econômicos que estão por trás desses setores políticos impediram as reformas substantivas que nossos partidos propuseram.

Portanto, defendemos um diálogo nacional com a presença ativa de líderes de movimentos sociais e cidadãos, sem qualquer tipo de exclusão, sem vetos de qualquer tipo, sem um estado de emergência ou militarização de nossas cidades, vilas e regiões ao largo de todos os nossos territórios. Apoiamos a convocação de uma greve geral promovida pela mesa da Unidade Social.

Como Unidade para a Mudança, entendemos que existem urgências que devemos assumir e que estão contidas em nossas propostas formuladas. No entanto, reiteramos também que, para enfrentar uma solução nacional e democrática validada pelo cidadão, o Chile hoje exige uma nova constituição política.


Partido Comunista do Chile

Partido Federação Regionalista Verde Social

Partido Progressista do Chile

22 de outubro de 2019