Bolsonaro diz que “custa caro” trazer brasileiros que estão na China

O presidente jogou para o Congresso Nacional a responsabilidade de providenciar recursos para trazer de volta ao país os brasileiros que desejarem sair da China.

Como sempre faz, Jair Bolsonaro “terceirizou” a responsabilidade para tratar de assuntos complexos, talvez por despreparo ou irresponsabilidade, ele afirmou nesta sexta-feira (31), após entrevista coletiva no Ministério da Saúde, ser “inviável” trazer brasileiros de locais com coronavírus, e ressaltou que isso só ocorreria com quarentena. Bolsonaro disse ainda que, por envolver recursos públicos, a solução compete ao parlamento.

“Se me arranjarem recursos e meios, começamos a arranjar (voos) a partir de agora”, declarou. “Custa caro um vôo desses. Ali, se for fretar um vôo é acima de 500 mil dólares o custo. Pode ser pequeno para o tamanho do orçamento brasileiro, mas depende da aprovação do Parlamento. Aí é com eles”, completou.

Segundo ele, o plano para o resgate envolve a realização de um exame prévio, para que ninguém que já apresente os sintomas do novo coronavírus seja trazido ao Brasil, e que os resgatados sejam submetidos a quarentena em hospitais de campanha do Exército.

“Nós não temos uma lei de quarentena. Ao trazer brasileiros para cá, coloca em quarentena, mas qualquer ação judicial manda a gente tirar. Se não estiver tudo redondinho no Brasil, não vamos buscar ninguém. Quem vier para cá tem que se submeter aos trâmites.”

Brasileiros na China

Em 2018, o Itamaraty estimava que havia quase 17 mil brasileiros vivendo na China, o que representava o dobro dos que lá residiam cinco anos antes. Em Wuhan, a cidade que concentra o maior número pacientes atingidos pela doença, há 40 brasileiros,segundo a Embaixada do Brasil em Pequim,que informa ainda que no país o número de confinados brasileiros pode chegar a 70.

Da redação, com informações de agências