OMS declara pandemia de Covid-19

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo para que países com poucos casos evitem a disseminação do vírus.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Foto: Divulgação/OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (12) pandemia do Covid-19, o coronavírus, em coletiva de imprensa do diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Segundo ele, a declaração de que se trata de pandemia não muda a avaliação da OMS quanto à ameaça representada pelo vírus.

“Não há mudança no que a OMS está fazendo e não há mudança quanto ao que os países deveriam fazer”, disse. O diretor-geral afirmou que a palavra pandemia não deve causar medo irracional, nem levar a acreditar que a batalha está perdida. De acordo com ele, encarar a situação dessa forma levaria “a sofrimento e morte desnecessárias”.

Tedros Adhanom Ghebreyesus ressaltou que de 118.000 casos reportados em 114 países, mais de 90% se concentram em apenas quatro países, e, em dois deles, a epidemia declinou consideravelmente. Segundo o diretor-geral, 81 países não reportaram qualquer caso de coronavírus e 57 reportaram 10 casos ou menos.

“Se os países detectarem, testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem a população na resposta [ao vírus], países com um pequeno número de casos de Covid-19 podem evitar o aumento desses casos e que esses casos sejam transmitidos à comunidade”, declarou.

O diretor-geral disse ainda que, se não controlados, os casos podem afetar o sistema de saúde e que os países devem fazer o máximo para evitar qualquer caso importado. Ele declarou ainda que trata-se de uma crise que deve afetar todos os setores.

O diretor-executivo do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, destacou que “não é hora de os países seguirem apenas para a mitigação”. “A declaração de pandemia não é como a de uma emergência internacional. É uma caracterização ou descrição de uma situação, não é uma mudança na situação”, afirmou.

“Estamos nisso juntos, para fazer o que é certo com calma e proteger os cidadãos do mundo. [Combater o vírus] é viável”, finalizou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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