O papel do Estado em meio à pandemia

O embuste globalizante e o discurso do Estado Mínimo caem por terra nesse momento dramático.

O século XXI enfrenta sua pior e mais dramática crise sanitária. Todos os países, nos cinco continentes, são diariamente acometidos pela pandemia da Covid-19 deixando rastros de mortes, falências e governos de joelhos.

Somente países que, embora preguem aos outros países o tal neoliberalismo e uma globalização mentirosos, e que conservam sua industrialização e sua própria soberania nacional, são capazes de enfrentar esta crise com certa eficiência.

O embuste globalizante e o discurso do Estado Mínimo caem por terra nesse momento dramático. Fica explícito, afinal, que não é o dito “deus mercado” que socorrerá os milhões de doentes e auxiliará a sociedade frente às ruínas econômicas que a pandemia vem provocando.

A intervenção do Estado é urgente e insubstituível tanto na crise sanitária, quanto na crise econômica mundial.

Embora muitos oportunistas preguem, desonestamente, uma dicotomia entre a crise sanitária e a econômica, ressalta-se que só há como salvar a economia salvando, em primeiro lugar, a vida das populações. Não há bem maior do que a vida.

Economia se faz com produção, crédito e consumo, e sobretudo, com seres humanos.

O discurso subserviente e irresponsável contra o Estado, agora enfrenta seu mais grave momento e fica claro e contundente que somente o poder do Estado pode socorrer a sociedade.

O Trabalhismo brasileiro – desde sua gênese na Revolução de 1930 – compreendeu este conceito; afinal, fomos nós que edificamos as bases do Estado Nacional acompanhadas de industrialização e conquistas de direitos sociais.

Hoje dependemos, desesperadamente, da saúde pública com seus milhares de servidores e colaboradores, assim como a esperança de pesquisas e de encontrar soluções para o combate também estão nas universidades, nos laboratórios que boa parte se encontra sobre a tutela do Estado, que mesmo sucateado e desmantelado pelos governos anteriores e em péssimas condições, merecem todo o nosso respeito pelo trabalho desenvolvido.

Como também a recuperação econômica será efetivamente conduzida, fomentada e recuperada com investimento do Estado, assim como no Brasil e em outros países.

Tanto os Estados Unidos como a Alemanha, a China, a Espanha e o Reino Unido terão que injetar dinheiro em suas economias.

Oras, cadê o mercado, os neoidiotas, os neoparasitas e os guardiões do ultraliberalíssimo?

Qual a solução que estes adoradores de bezerros de ouro têm?

Quantos hospitais, médicos e respiradores eles podem fornecer à sociedade? Qual o investimento que farão para a recuperação econômica?

Infelizmente tivemos que enfrentar uma grande pandemia mundial para verificar de forma inequívoca a importância do Estado.

O aleive do liberalismo que desmorona como castelo de areia.

O Brasil, devido à sua insensata adesão a este discurso do estado mínimo e do desmonte de nossas defesas como por exemplo na área industrial, na educação e pesquisa universitária e também em nosso sistema de saúde, sucateado e agredido ao longo do tempo, vai sofrer mais.

Esta ideologia promovida pelos megaespeculadores e desta rapinagem de sanguessugas estão com suas digitais cheias de sangue, pois o desmonte do Estado e nossa ineficiência, hoje, mostra-se desastrosa.

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