Os gastos da casta dos mercadores, com o privilégio de ter a maioria dos seus rendimentos isentos, não estão oferecendo empregos e renda para os ditos “párias”, excluídos socialmente, afirma o economista em artigo publicado pelo Portal GGN.
“No Brasil, casta é um sistema de estratificação social, sem ser protegida por lei ou religião, mas sim sob o abrigo da ocupação profissional”, diz Fernando Nogueira da Costa na segunda parte de artigo publicado pela Carta Maior.
“Essa aliança trabalhadores-intelectuais na Europa se chamou socialdemocracia. Aqui, entre 2003 e 2014, chamou-se social-desenvolvimentismo. Vamos retomá-la, somada às melhores lideranças progressistas de outras castas! Para isso, é necessário o apoio decisivo dos “párias” para voltarmos à política de inclusão social”, diz Fernando Nogueira da Costa na primeira parte de artigo publicado na Carta Maior.
Quanto maior for a focalização do gasto público nos mais pobres, dada sua maior propensão ao consumo, aumentará mais o multiplicador do PIB.
Um debate relevante pouco feito na mídia diz respeito à acumulação de reservas financeiras de trabalhadores intelectuais universitários para a manutenção do mesmo padrão de vida durante suas aposentadorias.
A pergunta-chave, fácil de ser feita e complexa para ser respondida, de maneira não leviana, é dirigida a economistas: por que não se emite moeda para pagar a renda básica universal?
Quem recebeu a incumbência ou a tarefa de representar os habitantes do país, agindo em nome de todos, não pode deter o poder de emissão monetária em suas mãos sem controle social pelos demais representantes políticos.
Na “coronacrise”, sociedades reguladas por Capitalismo de Estado, como as asiáticas, ou Estados de Bem-Estar Social como as nórdicas, ou mesmo as herdeiras de Sistemas de Saúde Pública Universais, de origem socialdemocrata, como na Europa, parecem estar se saindo melhor.
Antes de prosseguir na análise de típico discurso de “denúncia do capitalismo”, cabe analisar alguns fatos e dados para dimensionar o sistema financeiro nacional. É necessário verificar quem são seus participantes. São apenas “especuladores” ou “rentistas parasitas” como sugerem os críticos do socorro financeiro?