Rubens Júnior suspeita de manobras na justiça para atacar Flávio Dino

Advogado, deputado federal eleito licenciado e atualmente Secretário de Estado do Maranhão, Rubens Junior afirmou que não há cabimento legal para que a ação

Advogado, deputado federal eleito pelo PCdoB e atualmente Secretário de Estado do Maranhão, Rubens Junior afirmou que não há cabimento legal para a ação contra o governador Flávio Dino (Foto: Arquivo)

Advogado, deputado federal licenciado e atualmente secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano do Maranhão, Rubens Pereira Júnior (PCdoB) questionou o desarquivamento de um inquerido, por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o governador Flávio Dino, para apurar suspeitas de irregularidade em um contrato de compra de combustível para um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão.

“Trata-se de uma ação absurda e contraria o parecer do Ministério Público Federal (MPF) para encerrar o caso, bem como uma orientação do Superior Tribunal Federal, que não permite reiniciar um processo sem novas provas”, disse Rubens.

Conforme explicou o secretário de estado, o inquérito foi arquivado justamente por sua fragilidade probatória e não há cabimento legal para que a ação prossiga. “É preciso, inclusive, que investiguemos mais as motivações desta medida, em tempos de tanta interferência nos poderes”, complementou.

Por meio das redes sociais, o governador Flávio Dino disse ser impossível acreditar que alguém imagine que é o governador quem cuida de combustível na Polícia Militar. “Petição desprovida de seriedade. Vou representar por abuso de autoridade contra quem subscreveu tamanha indecência. E não mudarei minha conduta séria e corajosa”, afirmou o chefe do executivo maranhense.

BOLSONARISMO

A subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araujo, responsável na PGR pelas investigações de governadores, justificou no desarquivamento que “a licitação, ao menos aparentemente, está calcada em elementos incoerentes, não condizentes com o consumo esperado para esse tipo de aeronave, gerando fundada suspeita de ilicitude e, em tese, desvio de recursos públicos”.

Entretanto, Lindôra é vista pelos colegas de profissão como um nome associado ao bolsonarismo. Em uma manifestação recente ao STJ, ela defendeu a federalização das investigações do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, contrariando o desejo da família de Marielle.