Servidores repudiam reformas em Minas

Funcionários do Estado querem a retirada de pauta da Assembleia Legislativa o projeto de reforma administrativa e da previdência

Aloísio Morais

Centenas de servidores do Estado de Minas Gerais lotaram na manhã de hoje a parte externa do prédio da Assembleia Legislativa para participar de uma assembleia contra a aprovação do Projeto de Lei Completar (PLC) 46/2020 que prevê reformas administrativa e da previdência lesivas a seus interesses. A proposta do governo Zema está sendo discutida pelos deputados e os servidores exigem a sua retirada de pauta.

No último dia 3, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a PEC e o PLC que retiram direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do serviço público, além de desmontar o Instituto dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).

Sem a participação e diálogo com os representantes da parte mais interessada, os servidores, o governo investe contra os trabalhadores tratando Minas Gerais, mais uma vez, como um negócio.

“Infelizmente, eles não querem debater nada. O governo não se deu ao trabalho de mandar um só representante aqui para nos explicar essa reforma que vai prejudicar milhares de servidores”, enfatizou a deputada Beatriz Cerqueira, do PT. A deputada Marília Campos (PT) ressaltou que o impacto das medidas não recairá apenas sobre os servidores, mas sobre toda a sociedade. “Os projetos discutem direitos dos servidores, mas trazem consequências sobre os serviços públicos prestados. Ou seja, interessa a toda a comunidade. O governo, na verdade, quer é reduzir o serviço público”, afirmou.

Foto de Daniel Protzner/ALMG