Vitória de Biden é saudada pela oposição a Bolsonaro

Com o resultado da Pensilvania, o candidato Democrata alcançou 284 votos dos delegados, 14 votos a mais dos 270 de que ele precisava. Até agora o democrata alcançou 290 votos.

Democratic presidential candidate Joe Biden speaks to supporters in Philadelphia, Pennsylvania, on November 3, 2020. - The United States started voting Tuesday in an election amounting to a referendum on Donald Trump's uniquely brash and bruising presidency, which Democratic opponent and frontrunner Joe Biden urged Americans to end to restore "our democracy." (Photo by Angela Weiss / AFP)

A confirmação da vitória do candidato democrata Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos teve ampla repercussão mundial. No Brasil, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) disse estar “muito feliz” com a derrota de Donald Trump. “Com ele, caem os que fazem apologia à violência, os que negam as mudanças climáticas, os irresponsáveis no combate ao coronavírus, os defensores do racismo. Ou seja, Bolsonaro está ainda mais isolado nas suas absurdas posições”, afirmou.

Flávio Dino disse ainda que “consolida a terrível fama de pé frio de Bolsonaro na arena internacional”. Agora mesmo que em reunião da Cúpula do G-20 ninguém vai querer tirar foto e posar de ‘melhor amigo’. O Brasil merece destino e imagem melhores”, agulhou.

A presidenta do PCdoB, Luciana Santos, afirmou que com a eleição de Biden os Estados Unidos dizem não às fake news, ao ódio, ao racismo, à homofobia e ao terraplanismo “representados por Trump lá e por Bolsonaro aqui”. “É um resultado a favor da vida, da ciência e da democracia, destacou.

Também no campo da oposição ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, fiel aliado de Trump, manifestaram-se diversos representantes políticos. Foi o caso do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que aviou a vitória de Biden como uma derrota do que chamou de “politicamente incorreto”. “Um sinal de que a maioria dos americanos estão preocupados com o fortalecimento das instituições democráticas, meio ambiente, direitos humanos e cultura de paz. Um bom sinal para a política mundial”, disse ele no Twitter.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afastado por um processo de impeachment, afirmou que “a vitória de Joe Biden representa o fim do extremismo nos Estados Unidos, país que tem forte poder de influência sobre as democracias do mundo”. “Que os ventos do fim do extremismo cheguem ao Brasil também”, afirmou.

Para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a eleição de Biden representa uma “vitória da ponderação sobre o extremismo”. “É vitória da civilidade sobre a irracionalidade. Que a mudança semeada pelos americanos sirva de exemplo e pavimente novos e mais felizes caminhos para a democracia e o respeito à diversidade no mundo”, afirmou.

Perpétua Almeida, líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, disse que o mundo ficará melhor sem Trump. “A derrota de Trump é a vitória da civilização, da democracia. Daqui a 2 anos, será a nossa vez, Brasil, se Deus quiser!”, considerou. Segundo ela, o resultado “significa a derrota de um extremista autoritário e a vitória da civilização e da democracia. “De nossa parte, não podemos nos permitir uma relação servil nem com Estados Unidos e nem com nação nenhuma, porque as nações não têm amigos, elas têm interesses, que devem ser defendidos por seu povo e seus representantes. Daqui pra frente, espero que o governo Bolsonaro estabeleça relações sadias e de cooperação entre as duas nações”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avaliou a vitória de Biden como um processo que “restaura os valores da democracia verdadeiramente liberal, que preza pelos direitos humanos, individuais e das minorias”. “Parabenizo o presidente eleito e, em nome da Câmara dos Deputados, reforço os laços de amizade e cooperação entre as duas nações”, disse.

Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que “a derrota de Trump é um símbolo”. “Será estudada como o início da decadência da política que nasceu decadente e se alastrou breve, porém duramente, por vários cantos do mundo. É o marco da queda do negacionismo. Da era em que foi preciso defender a Terra Redonda”, ironizou

José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, avaliou que a vitória de Biden representa não só a derrocada de Trump, mas também uma duríssima derrota para Bolsonaro. “O governo brasileiro se aliou aos interesses norte-americanos e, hoje, está isolado internacionalmente. É também uma derrota do autoritarismo, do ódio, de toda a perversidade que Trump representa”, destacou.

Segundo ele, “os ventos democráticos sopram na América”. “As eleições na Bolívia, o plebiscito no Chile e a derrota de Trump mudam a correlação de forças no mundo. É a vitória da decência, da democracia. Que o novo presidente restabeleça as relações diplomáticas com as nações. Não há mais espaço para a atual subserviência do Estado brasileiro que tanto tem comprometido a nossa soberania. Trata-se de grande vitória que deve ser comemorada por todos os democratas do mundo!”, disse.

O senador José Serra afirmou que a vitória de Biden traz alívio para um mundo submetido à dupla ameaça da pandemia e da competição hegemônica. “Seu compromisso com a democracia, com instituições e acordos internacionais, será bem-vindo por aliados e adversários. Um perfil conciliador e longa experiência de missões diplomáticas limitam riscos de impulsos belicosos, com ameaças à paz mundial. O Brasil só tem a ganhar reiterando sua tradição de cooperação independente com o futuro governo Biden”, afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avaliou que a derrota de Trump é uma vitória da humanidade, põe freio ao populismo fascista, devolvem os Estados Unidos para o acordo de Paris, restabelecem a convivência civilizatória e aumenta a pressão por um novo modelo de desenvolvimento no planeta. “Que os ventos do norte cheguem ao Brasil”, destacou.

Alessandro Molon, líder do PSB na Câmara dos Deputados, disse que a derrota de Trump é uma vitória de todo o planeta. A volta dos Estados Unidos ao Acordo de Paris vai aumentar a pressão no mundo pela redução do desmatamento e investimento em energia limpa e sustentável. No Brasil não será diferente, avaliou

Marina Silva, ex-ministra e ex-candidata à Presidência, afirmou que a vitória de Biden “é um sopro de esperança para aqueles que acreditam que a crise civilizatória pode ser superada”. “Ao mesmo tempo, aumenta a responsabilidade de todos aqueles que defendem a democracia e seus valores como essenciais para a construção de caminhos que nos levem a um mundo menos desigual, que valorize a diversidade como força-motriz do desenvolvimento humano e comprometido com o combate à emergência climática”, disse.

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