Covid-19 se intensifica no mundo todo
Pandemia já provocou quase 66 milhões de infetados e mais de 1,5 milhões de mortes.
Publicado 05/12/2020 22:16 | Editado 05/12/2020 22:17

No entanto, os números contabilizados refletem apenas uma parte do número real de infeções, tendo em conta que alguns países apenas testam os casos graves e outros têm uma capacidade limitada de testagem. Na sexta-feira foram registadas 12.177 mortes relacionadas com o novo coronavírus a nível mundial e 677.808 novos casos de infeção.
Os EUA foram o país onde se contabilizou o maior número de novas mortes (2506), seguido pela Itália (814) e pelo Brasil (694). No total, os Estados Unidos somam 279.008 mortes e 14.372 570 casos de infeção, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins.
Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 175.964 óbitos e 6.533,968 casos de infeção; Índia, com 139.700 mortes e 9.608,211 pessoas infetadas; México, com 108.863 mortes e 1.156,770 casos de infeção; e Reino Unido com 60.617 óbitos e 1.690,432 casos de infeção. Entre os países mais atingidos, a Bélgica é o que apresenta o maior número de mortes face à população total, com 147 óbitos por 100 mil habitantes, seguida pelo Peru (110), Espanha (99) e Itália (97).
Brasil
O boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde indica que o Brasil somou mais 664 mortes, totalizando 176.628 óbitos devido à Covid-19. A taxa de incidência da covid-19 no país é de 84 mortes e 3.130 casos por cada 100 mil habitantes. Das 27 unidades federativas do Brasil, São Paulo (1.285.087), Minas Gerais (438.304), Bahia (419.044) e Rio de Janeiro (370.267) são as que concentram maior número de infeções. Já os Estados com mais mortes são São Paulo, (42.969), Rio de Janeiro (23.099), Minas Gerais (10.283) e Ceará (9.693).
Após um aumento de casos e mortes, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da capital homónima, Marcelo Crivella, anunciaram, na sexta-feira, novas medidas de luta contra a covid-19, como a criação de mais camas de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e encerramento de escolas municipais.
Itália
A Itália registou 662 mortes e 21.052 novas infeções nas últimas 24 horas, um decréscimo face aos últimos dias, informaram este sábado as autoridades italianas, realçando, porém, que o país também realizou menos testes de diagnóstico. Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 59.514, de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde italiano.
Em termos de contágios, Itália contabiliza, até à data, 1.709.991 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus. Segundo o boletim do Ministério da Saúde italiano, o país realizou nas últimas 24 horas um total de 194.984 testes de diagnóstico, um número bastante inferior quando comparado com os 213.000 testes comunicados na sexta-feira e os 226.000 contabilizados na quinta-feira. A pressão sobre os hospitais italianos continua igualmente a dar sinais de algum abrandamento.
Dos 754.169 casos positivos que estão atualmente ativos em Itália (menos 3.533 em comparação a sexta-feira), a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos. Deste total, 30.158 estão hospitalizados, menos 1.042 em comparação com o dia anterior. Em unidades de cuidados intensivos, encontram-se atualmente 3.517 pacientes, menos 50 em relação ao dia anterior. No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 896.308, um aumento de 23.923 face ao dia anterior.
Irã
O número total de mortes no Irão devido à pandemia aumentou para mais de 50 mil, enquanto o país se debate com o pior surto do Médio Oriente, segundo a imprensa iraniana. Um confinamento parcial de duas semanas na capital Teerã e outras grandes cidades ajudou a abrandar, mas não a deter a onda crescente de mortes nas últimas semanas.
O presidente Hassan Rouhani avisou este sábado que o confinamento poderá ser estendido a mais cidades ou reintroduzido na capital, caso as pessoas não obedeçam às medidas de saúde. Teerão está no limiar de entrar na zona vermelha”, disse Hassan Rouhani. “Todas as pessoas e funcionários públicos devem tentar adotar as medidas”, acrescentou.
A porta-voz do Ministério da Saúde revelou este sábado que o número de mortos em todo o país no dia anterior foi de 321, sendo que antes do último confinamento, o número de mortes diárias chegou às 486. As autoridades de saúde detectaram mais 12.150 novos casos, que elevaram o total para 1.028,980. Estes números representam uma diminuição significativa no número diário de casos confirmados desde o confinamento.
Japão
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, afirmou que “as novas infecções e casos graves de infecção por coronavírus estão atingindo níveis recordes”, razão pela qual considera que “a situação é extremamente alarmante”. “Vemos a pressão sobre as Unidades de Cuidados Intensivos e nós estamos lidando com a situação com plena consciência da crise que atravessamos”, afirmou, num dia em que o Ministério da Saúde anunciou um número recorde de pacientes em terapia intensiva desde o início da pandemia.
O número de mortes diárias no Japão corresponde ao recorde anterior de 43, registrado a 8 de maio. Foram ainda registradas 2432 novas infecções na sexta-feira. Os casos de covid-19 no Japão desde o início da pandemia atingem 158.386 e o número de mortos já chegou aos 2.296. Enquanto isso, 131.176 pacientes foram dados como recuperados.
Alemanha
A Alemanha registou 483 nas últimas 24 horas, o que representa o segundo maior número desde o início da pandemia. O número mais alto de óbitos registardo até agora foi na passada quarta-feira, quando foram contabilizadas 487 mortes.
No sábado, as autoridades de saúde alemãs comunicaram ao Instituto Robert Koch (RKI), a agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas, a existência de 23.318 novas infeções confirmadas, 1.600 a mais do que na semana anterior. O número máximo de infeções desde o início da pandemia foi registado em 20 de novembro com 23 648.
Desde o início da pandemia, houve 1 153 555 infeções confirmadas na Alemanha. Cerca de 835 700 pessoas superaram a doença e 18 517 morreram. Atualmente, a incidência semanal é de 138,7 infeções por 100 mil habitantes. O RKI considera que se encontra em situação crítica quando a incidência semanal ultrapassa 50 infeções por 100 mil habitantes.
A segunda onda da pandemia levou à imposição de novas restrições na Alemanha. Atualmente, bares, restaurantes e cafés só podem funcionar em regime de take-away. As reuniões sociais devem ser limitadas a cinco pessoas de até dois agregados familiares. Para o Natal, na maioria dos estados federais, está previsto aumentar esse número para dez pessoas.
China
A Comissão de Saúde da China anunciou neste sábado ter identificado 17 casos nas últimas 24 horas, incluindo dois por contágio local e os restantes oriundos do exterior. Os dois casos de contágio local foram diagnosticados na região da Mongólia Interior. A região, que faz fronteira com a Rússia e a Mongólia, diagnosticou um total de 13 casos nos últimos dias.
As autoridades chinesas disseram que nas últimas 24 horas 15 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 273, das quais seis encontram-se em estado grave. A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes, pelo que o número permaneceu em 4.634. O país somou, no total, 86.601 infetados desde o início da pandemia.
México
O México registou 690 mortos e 12.127 infetados nas últimas 24 horas, um recorde diário de casos, informaram as autoridades de saúde. O número de óbitos desde o início da pandemia subiu para 108.863 e o de casos para 1.156,770. O México é agora o 10.º país com mais infeções e o quarto com mais mortes em números absolutos, segundo a Universidade Johns Hopkins.
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Com agências