Com dissidências e indefinições, Câmara poderá ter segundo turno
Depois de semanas de articulações e reviravoltas de apoios de partidos, as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados ocorrem nesta segunda
Publicado 01/02/2021 11:31 | Editado 01/02/2021 13:32
Depois de semanas de articulações e reviravoltas de apoios de partidos, as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados ocorrem nesta segunda-feira (01), garantindo dois nomes à frente do pleito: Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP).
Lira, o candidato apoiado por Jair Bolsonaro, ganhou espaço nos últimos dias, em um novo avanço do Centrão e de dissidentes do PSL, com trocas de favores e promessas de cargos na nova configuração da principal Casa Legislativa do país.
Mas apesar desse destaque maior, Baleia Rossi detém o apoio não somente do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como dos partidos de oposição PT, PCdoB, além de MDB, PSB, PDT, Solidariedade, Cidadania, PV e Rede. São, ao todo, 9 partidos que formalmente apoiam o emedebista.
Mesmo com o apoio de Maia, os atritos não se calaram, quando novas movimentações dentro do próprio DEM abriram racha para alguns de seus parlamentares dedirem apoiar Lira, o que gerou até ameaças do atual presidente da Câmara de acatar a um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro no último dia no cargo.
Nessas articulações, com a oposição e partidos de centro e esquerda apoiando Lira, o PSDB também decidiu retirar o apoio formal, deixando seus membros decidirem votos individualmente.
Dessa forma, Lira, que não detinha o apoio formal de grandes partidos, obteve vitórias dentro do próprio Centrão, de dissidentes e de partidos menores que migraram para o apoio formal, totalizando 10 siglas: PP, PL, PSD, Republicanos, PROS, PSC, Avante, Patriota, PTB e PSL.
Outras surpresas podem aparecer durante a votação, uma vez que é secreta, levando a um possível segundo turno na Presidência da Casa. Baleia Rossi, por exemplo, avaliar receber 40 votos de deputados de partidos que oficialmente apoiam Lira.
“Nós contabilizamos de 36 a 40 votos de parlamentares que estão no bloco do nosso adversário, mas que entendem que nossa candidatura representa a defesa da democracia e aquilo que eles querem para a Câmara”, afirmou.
Fonte: Jornal GGN