Publicado 26/04/2021 23:06
Em março de 2020, fomos afetados pela pandemia viral da Covid-19 e com isso, muitos trabalhadores autônomos se viram em situação instável, onde a incerteza tomou conta da população.
Um dos segmentos mais afetados pela nova realidade foi a cultura. Trabalhadoras e trabalhadores, artistas, músicos, bailarinos, fazedores de espetáculos que dependem da aglomeração de público para que possam exercer seus trabalhos, tiveram que parar. Com isso, veio a crise e a dificuldade de sobrevivência dentro do próprio sistema que, já colocava seus obstáculos. Isso nos levou (forçadamente) a um novo olhar e uma nova forma de nos comunicar, expressar e realizar.
Novas ferramentas se incorporaram definitivamente na vida cotidiana da população e, consequentemente, se tornaram necessárias nos trabalhos de artistas e agentes culturais. Todo o processo de globalização já vinha apontando um novo caminho, conduzindo e convocando povos em todo o mundo para essa nova realidade. Lives, Instagram, Tik Tok, conteúdo na web, redes sociais, exposição humana de costumes, streams, reuniões online, etc. acabaram por se firmar, tornando-se parte inseparável do ser humano.
Nós artistas, agentes culturais e profissionais de diversos segmentos estamos tendo que nos apropriar dessas ferramentas para que o sistema não nos engula novamente. Temos urgência de entender todos os processos que se darão a partir desse confinamento pandêmico e utilizá-los a nosso favor. Ter como natural as novas formas de comunicação, implica em estudá-las e compreendê-las para que possamos tomar as rédeas desses novos veículos. Nunca foi tão atual a frase: “O artista vai onde o povo está”. Pois bem, assim tem sido. Com tudo que o ser humano adquiriu e atribuiu valores nos últimos tempos como celulares, computadores, tablets, entre outros equipamentos, nós artistas vamos aprendendo e achando os espaços para estarmos com o público nos cômodos de suas casas, automóveis e escritórios, levando o que temos de mais verdadeiro: A nossa arte.
Do momento em que somos inseridos na vida social, passamos a ser comunicadores e receptores de informação, o que nos leva a experiências humanas, resultando na organização de novas formas culturais. Sem esquecer nossa ancestralidade, mas estando atentos para o novo que chega, devemos buscar a compreensão da realidade que se instala no mundo, assim como o poder público e seus gestores de políticas públicas. Vamos amar o passado, entendendo que o novo sempre vem.
No mais, pandemia se combate com muitas medidas, mas a comunicação é fundamental. Para isso precisamos de comunicadores eficientes e dispostos a conduzir as informações para o bem comum. Todas, todos e todes nós, somos e/ou devemos ser agentes em combate à covid-19 e defensores do maior direito natural que temos: a vida.
Podemos e devemos salvar uns aos outros do inimigo invisível e dos genocidas e assassinos de plantão. Assim poderemos respirar melhor.