Imprensa internacional repercute “banho de sangue” no Rio de Janeiro

As agências internacionais de notícias se encarregaram de amplificar os impactos da chacina, que ampliam a percepção no exterior de que o Brasil está vivendo em meio à barbárie

RJ: Polícia Militar inicia ocupação na Favela do Jacarezinho

Os principais jornais do mundo como New York Times, Washington Post, Le Monde, El País, The Guardian e Clarín deram destaques nas suas capas à operação das polícias Civil e Militar no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que deixou 25 mortos. Os moradores denunciaram abuso dos policiais com invasões de casas e execuções sumárias.

“Policiais e ativistas de direitos humanos consideraram a operação de quinta-feira em um distrito controlado por traficantes de drogas a mais letal da história da cidade”, escreveu o correspondente do New York Times Ernesto Londoño.

“Brasil chocado com operação policial belicosa que deixa 25 mortos na favela do Rio de Janeiro”, diz o Washington Post. “A violência policial e o crime têm sido, nos últimos anos, uma das discussões políticas mais polarizadoras do Brasil. A polícia mata milhares de brasileiros todos os anos, a esmagadora maioria dos quais são negros e pobres. Só em 2019, a polícia matou cerca de 5.800 pessoas”, escreveu Terrence McCoy.

O francês Le Monde registrou que foram pelo menos 25 mortos em operação antidrogas no Rio. “O resultado da operação, lançada quinta-feira contra traficantes acusados de recrutar menores no bairro pobre de Jacarezinho, é o mais pesado desde 2016”, pontua o jornal, a partir de despacho da France Presse.

No inglês The Guardian, destaca-se: “Rio de Janeiro: pelo menos 25mortos na operação policial mais letal da cidade na favela. “Ataque em violação de ordem judicial é a cidade mais letal de todos os tempos”, informou Tom Phillips. “Polícia brada golpe contra gangues de traficantes, mas críticos condenam ‘massacre’”.

El País destacou: “25 mortos na segunda operação policial mais letal do Rio de Janeiro”. “Ataque antidrogas desencadeia tiroteio em Jacarezinho, uma das favelas da zona norte da cidade”, relata o jornal espanhol. O diário ainda reporta a reação das autoridades às críticas: Polícia nega erro em operação que matou 25 no Jacarezinho e criticou “ativismo que vitimiza criminoso”.

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