Um terço dos adultos já tiveram covid-19, diz prefeitura de São Paulo

Foi o maior resultado já apresentado desde o início do levantamento, em junho do ano passado. “É um número altíssimo”, disse o secretário municipal da saúde, Edson Aparecido.

Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo

Segundo os dados dessa quinta fase do inquérito sorológico, 33,5% dos moradores da capital paulista já tiveram covid-19, mas o número pode ser ainda maior, chegando a 37,1%. Segundo a prefeitura, esse foi o maior resultado já apresentado na série histórica, que começou a ser feita em junho do ano passado. “É um número altíssimo”, disse o secretário municipal da saúde, Edson Aparecido, ao apresentar os dados.

Segundo o secretário, esse número alto pode ser resultado da prevalência da variante de Manaus (P1) na cidade, que provocou também uma mudança no perfil da doença. Esse inquérito demonstrou que a faixa etária com maior incidência da doença foram os jovens de 18 a 34 anos, que correspondem agora a 35,1% dos casos confirmados, seguido do grupo de 35 a 49 anos, com 28,7% dos testados com confirmação da doença.

“Com a P1, tivemos aumento de casos no chamado jovem adulto, entre 20 e 55 anos de idade”, disse o secretário, reforçando que, com o início da vacinação, houve queda de casos entre a população acima de 80 anos.

Na maior parte dos casos confirmados (56,1% do total), as pessoas não apresentaram sintomas da doença. Também do total de casos confirmados, 37,2% necessitaram internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e 17,2% necessitaram ser intubados.

Divisão por regiões e IDH

O inquérito mostrou ainda que a região da cidade com maior prevalência de casos positivos de covid-19 foi a zona sul, com 39,1%, seguida pela zona norte (34,4%), zona leste (33,3%), zona sudeste (29,6%) e centro-oeste (27,2%).

A doença também se mostrou mais prevalente entre as pessoas que vivem em regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), embora em todas elas tenha ocorrido aumento de casos. “A população de IDH alto passou de 20,1% [de prevalência] para 29,9%; a média, de 25,2% para 33,7%; enquanto na faixa de IDH baixo passou de 28,8% para 36,2%”, disse o secretário.

O maior número de casos confirmados da doença ocorreu entre as pessoas que se declaram pretas ou pardas. “Voltou a crescer a incidência e a prevalência do vírus na população preta e parda, com 37,6%”, disse Edson Aparecido.

Esta fase 5 do inquérito sorológico de 2021 foi feita entre os dias 26 e 29 de abril em 5.760 pessoas, moradores de todas as regiões da cidade.

Censo na Educação

A prefeitura fez também um novo inquérito sorológico com profissionais que trabalham na área na rede municipal de ensino em São Paulo. Esse inquérito foi feito entre os dias 5 e 8 de abril e revelou uma prevalência de 27% de infecção entre os profissionais da educação.

Com informações da Prefeitura de São Paulo e Agência Brasil

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